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Jerónimo de Sousa diz que Passos Coelho "amarrou o burro"

O secretário-geral do PCP denunciou terça-feira que o Governo "deita a mão a tudo", mas "amarrou o burro" sobre a polémica em torno do Conselho de Ministros extraordinário de sábado, por ocasião do fim do programa de resgate.

14 de Maio de 2014 às 00:47
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"Um Governo que deita mão a tudo, mesmo nesta fase de campanha eleitoral, que usa os grandes meios de comunicação social para fazer propaganda e agora ´amarrou o burro' porque a CDU denunciou que está em curso mais uma manobra com o Conselho de Ministros a reunir extraordinariamente ao sábado, quase nas vésperas de eleições, para anunciar boas novas aos portugueses", disse Jerónimo de Sousa.

 

O líder da Coligação Democrática Unitária (CDU) discursava no evento até agora mais animado da campanha oficial, num amena noite de quase lua-cheia, em Faro, juntamente com o cabeça de lista às eleições europeias de 25 de maio e o deputado Paulo Sá, eleito pelo Algarve.

 

"Diz ele (primeiro-ministro, Passos Coelho) que a CDU está preocupada em ocupar espaço mediático. Olha quem fala, camaradas... Os nossos adversários, particularmente os que têm governado o país em todos estes anos e se acham possuídos do direito exclusivo à governação, estão muito preocupados com o apoio popular à CDU e as boas perspectivas de crescimento", intuiu.

 

Para Jerónimo de Sousa, "tudo fazem para dar a ideia de que" o PCP é um mero "partido de protesto". "Assumimo-nos como força de protesto, mas partido de luta e de proposta quando outros ficaram quietos", afiançou, condenando as intenções do executivo da maioria PSD/CDS-PP de liquidar a contratação colectiva e de fugir à discussão sobre a permanência na moeda única entre outras matérias de cariz europeu.

 

O secretário-geral do PCP lembrou que sociais-democratas e socialistas, "naquela altura, falavam, por exemplo, do euro - o oásis -, de Portugal no pelotão da frente, da terra do leite e do mel, dos 300 milhões de consumidores que ganhávamos com a entrada na união económica e monetária".

 

"Pois, agora, tinham de morder a língua e não o querem fazer e, por isso, não querem discutir estas questões centrais para o nosso futuro", lamentou.

 

O eurodeputado e recandidato pela CDU João Ferreira apontou o dedo ao seu homólogo da "Aliança Portugal", Paulo Rangel, também a desempenhar um mandato em Bruxelas e Estrasburgo, classificando-o como "mestre de ilusionismo" por votar no Parlamento Europeu "contra os interesses nacionais" na agricultura e nas pescas, por exemplo.

 

"O primeiro candidato às eleições dos partidos do Governo encenava aí ontem (segunda-feira), num brinde com espumante, antecipando uma vitória dos partidos do Governo. Se isso algum dia viesse a acontecer, esse brinde tinha razão de ser, mas apenas para os especuladores que se alimentaram e alimentam dos juros da nossa dívida, para os banqueiros que, depois das aventuras em que se meteram e dos buracos que abriram, viram recursos públicos canalizados para tapar esses buracos", declarou.

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