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Sondagens à boca das urnas dão vitória ao Syriza

As primeiras sondagens conhecidas logo após o fecho das urnas apontam para a vitória da coligação de esquerda radical, sempre acima dos 30% e confirmam uma luta renhida entre Syriza e Nova Democracia. As dúvidas sobre quais os partidos que conseguirão entrar no Parlamento persistem.

Reuters
20 de Setembro de 2015 às 17:42
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As três primeiras sondagens divulgadas às 17h (19h na Grécia) apontam para a vitória do Syriza nas eleições legislativas helénicas antecipadas para este domingo, 20 de Setembro. No entanto, a elevada abstenção, bem como a proximidade entre as principais forças políticas, exigem prudência.

 

Ainda assim, há um conjunto de elementos que estas sondagens parecem confirmar. Apesar de o Syriza surgir como favorito à vitória, aparentemente tratar-se-á de uma luta renhida com a Nova Democracia. Outro dado prende-se com as dúvidas, reiteradas pelas sondagens, sobre quais as forças partidárias que conseguirão alcançar o mínimo de 3% necessário à entrada no Parlamento grego.

 

A sondagem da Skai TV atribui entre 31% e 35% à coligação de esquerda radical, acima do intervalo entre 29% e 33% da Nova Democracia. Também as sondagens da ERT e da Mega TV colocam o Syriza na frente (30%-34%), com uma pequena distância para os conservadores da Nova Democracia (28,5%-32,5%).

 

Os estudos à boca das urnas atribuem percentagens de votos superiores à generalidade das sondagens que foram conhecidas na última sexta-feira, que apontavam para uma vitória à tangente da coligação de esquerda radical sempre no limiar dos 28%.

 

Todavia, apesar de estes estudos perspectivarem resultados acima dos anteriormente antecipados, o vencedor deverá ficar aquém dos 38%, percentagem em torno da qual um partido poderá alcançar uma maioria absoluta.

 

Já o partido neonazi Aurora Dourada, com um resultado antecipado entre os 6% e os 8% consegue a terceira posição, com uma vantagem aparentemente confortável em relação ao Pasok e ao Partido Comunista grego (KKE) que surgem praticamente empatados. Ainda assim, os socialistas helénicos deverão conseguir superar os 4,7% obtidos em Janeiro último. 

A seguir surgem o partido de centro-esquerda To Potami (O Rio), com uma votação entre os 3,5% e os 5,5%, e a União Centrista que poderá chegar aos 4,5%. No entanto, esta última força partidária, na sondagem da Skai TV, poderá ficar abaixo dos 3% exigidos para assegurar representação parlamentar.

 

Os Gregos Independentes (Anel), partido nacionalista que formou a coligação de Governo com o Syriza, e a Unidade Popular, força que resultou da cisão da ala mais à esquerda do Syriza em oposição às medidas de austeridade presente no memorando assinado com a torika, aparecem como os partidos menos votados, sendo que as sondagens até agora conhecidas colocam estas forças partidárias num intervalo que tanto pode significar a entrada na Assembleia helénica, como a "morte na praia".

 

Uma extrapolação dos assentos parlamentares conquistados por cada partido, tomando como base de análise a média das sondagens á boca das urnas já conhecidas, garante 132 deputados ao partido de Alexis Tsipras (já contando com o bónus de 50 deputados atribuído ao partido vencedor), ou seja, ainda a 19 lugares da maioria absoluta e bem distante dos 149 assentos conquistados a 25 de Janeiro deste ano.

 

Já os Gregos Independentes conseguiriam eleger nove deputados, o que coloca de parte uma eventual reedição da coligação formada a seguir às últimas eleições. Assim, a coligação de esquerda radical teria de negociar com outros (ou também com outros) partidos para formar um Executivo sustentado por uma maioria parlamentar sólida. Pasok e To Potami surgem como principais candidatos, mas nenhum destes partidos poderia, isoladamente, permitir ao Syriza chegar a pelo menos 151 dos 300 deputados.  


(Notícia actualizada às 17h57)

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