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Juros gregos em mínimos de Dezembro a dois dias das eleições

Os juros da dívida grega a dez anos estão a negociar em mínimos de Dezembro do ano passado, no dia em que termina a campanha para as legislativas de domingo. Nas últimas cinco sessões, os juros da dívida a dois anos recuaram quase 100 pontos.

Reuters
18 de Setembro de 2015 às 12:17
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Os juros da dívida grega estão a descer esta sexta-feira, 18 de Setembro, dia em que termina a campanha para as eleições legislativas que decorrerão este domingo.

A ‘yield’ associada à dívida grega a dois anos cai 32,9 pontos base para 10,717% enquanto os juros associados às obrigações a dez anos descem 15,7 pontos base para 8,209%, o valor mais baixo desde 23 de Dezembro de 2014, ou seja, antes das eleições de Janeiro que deram vitória ao Syriza.

Esta semana, em que os juros da dívida grega caíram em quatro das cinco sessões, a ‘yield’ da dívida a dois anos recuou 96,4 pontos, enquanto os juros das obrigações a dez anos desceram 43,3 pontos no acumulado da semana.

Esta sexta-feira, o antigo primeiro-ministro Alexis Tsipras desvalorizou as sondagens que sugerem que o seu partido pode perder as eleições para o seu rival, Nova Democracia, defendendo que há um grande grupo de apoiantes do Syriza que não está reflectido nas sondagens.

"Há uma massa de eleitores que está sob o radar, que não está a ser rastreado", afirmou Tsipras em entrevista à ANT 1, citada pelo Ekathimerini.

Seja qual for o resultado das eleições de domingo, nenhum dos partidos deverá recolher os votos necessários para ganhar uma maioria no Parlamento. O que significa que, para já, a única certeza é que se deverá dar início a uma série de negociações com vista à formação de uma coligação.  

Segundo a Reuters, as cinco sondagens divulgadas entre quinta e sexta-feira destacam a proximidade dos dois partidos – Syriza e Nova Democracia – nas intenções de voto dos eleitores gregos.  Dessas cinco, duas dão vantagem ao partido liderado por Tsipras, duas apontam para a vitória de Vangelis Meimarakis, dirigente do Nova Democracia, e uma configura um empate.  

O vencedor das eleições de domingo terá de implementar as medidas acordadas com os credores internacionais em troca do terceiro resgate, de 86 mil milhões de euros, que incluem a recapitalização dos bancos e a reversão dos controlos de capital, impostos para evitar a implosão do sistema financeiro do país.

Ainda que, tanto o Syriza como o Nova Democracia, defendam o cumprimento dos termos do acordo, os dois partidos discordam em temas chave como a liberalização do mercado de trabalho, a negociação colectiva e a imigração.  

A possibilidade de governarem em coligação foi mais uma vez afastada, esta semana, no último debate televisivo entre ambos. Alexis Tsipras afirmou que seria "contra-natura" o seu partido formar uma coligação com o Nova Democracia. "Não haja dúvidas que imediatamente depois das eleições, o país vai ter um governo", mas "será um governo progressista, ou um governo conservador", disse Tsipras.

 

Vangelis Meimarakis, líder do Nova Democracia, não foi tão radical no afastamento da coligação, mas colocou de parte integrar um governo com Alexis Tsipras. "Podemos ter uma equipa nacional, não só no governo nacional, mas também a negociar" as condições associadas ao resgate, afirmou Meimarakis.

 

Contudo, o líder do Nova Democracia assinalou a Tsipras que este não poderia fazer parte do seu governo, nem como primeiro-ministro nem como vice-primeiro-ministro, por considerar que o seu governo representou uma catástrofe para a Grécia.

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