Rui Moreira rejeita ter negociado uma contrapartida com o PS para ocupar o cargo de deputado ou de eurodeputado no final do próximo mandato à frente da Câmara Municipal do Porto, se voltar a ganhar as eleições. Em entrevista ao jornal Público, o edil desvaloriza ainda os rumores sobre as suas pretensões ao cargo de presidente do Futebol Clube do Porto. Quando chegar ao fim da sua carreira política, quer fazer o que sempre fez: "Escrever ou fotografar", por exemplo.

  

Numa entrevista publicada esta quarta-feira, 26 de Abril, Rui Moreira assume a ambição de chegar à maioria absoluta - "é obvio que a expectativa de qualquer pessoa que quer governar a cidade e que pode ser presidente é ter uma maioria absoluta" – mas garante que governará com o resultado que obtiver. A formação da equipa, essa, guarda-a para divulgar "lá para finais de Junho", garantindo de antemão que não negociou lugares com o PS.

"Se me perguntar se vou convidar Manuel Pizarro, claro que vou". Mas, para número dois?, perguntaram-lhe os jornalistas. "Não. Convidarei Manuel Pizarro e o lugar de Manuel Pizarro será decidido" posteriormente, garante Rui Moreira.

Do mesmo modo que não tem pactos com o PS para a composição da vereação, também os não tem para o seu futuro, quando deixar a liderança da autarquia. Moreira diz que, podendo fazer três mandatos, o mais provável é que complete apenas dois, por achar que é o mais normal – "é o que acontece na Presidência da República", argumenta.

 

Findo esse prazo, tem "imensos interesses", como "escrever ou fotografar". Cargos de ministro ou de eurodeputado, como Manuel dos Santos, militante socialista já garantiu que estaria negociado, estão fora de questão. "Não serei uma coisa nem outra. Não quero sair do Porto", garante Moreira, que também não se vê como candidato a presidente do seu clube desportivo.

 

"Qualquer portista, já que não pode jogar futebol. Já que não tem idade para isso, gostará de ter um cargo no FC Porto. São as fantasias que temos". 

PCP e BE "honram a cidade" com os seus candidatos

Sobre o PSD, que avança por conta própria com o candidato Álvaro Almeida, diz ter uma relação "clara". "Tive uma relação muito construtiva ce de respeito mútuo com Pedro Passos Coelho". O adversário Álvaro Almeida, não o conhece, ao contrário dos candidatos do PCP (Ilda Figueiredo) e do BE (João Semedo), que "honram a cidade".