O cabeça de lista pelo MPT e antigo bastonário da ordem dos advogados, Marinho e Pinto, justificou os resultados das eleições europeias deste domingo, que apontam para a possibilidade de eleição de dois eurodeputados, com as "propostas claras" apresentadas pela sua candidatura.

"Poderei ser e poderei não ser", foi a resposta de Marinho e Pinto à pergunta sobre se o sucesso deste acto eleitoral poderá resultar na sua candidatura às eleições legislativas do próximo ano.

Garantindo que agora pretende apenas trabalhar no Parlamento Europeu, o ex-bastonário realçou que a seu tempo se pensará no assunto, até porque "há mais pessoas a participar desse projecto decisório", esclareceu.

Marinho e Pinto valorizou o facto de a candidatura por si encabeçada defender "a liberdade, a justiça, os partidos políticos e a solidariedade" e realçou ainda que o MPT trouxe para a campanha "aquilo que gostaríamos que outros partidos tivessem feito".

A acusação de a sua candidatura assumir um carácter populista, que na Europa ganhou terreno em muitos países, Marinho e Pinto acusou os restantes partidos de uma campanha que foi "um espectáculo degradante" onde reinou a "falta de autenticidade" o que, na sua opinião, representa a "falência da democracia".

O agora eleito eurodeputado rejeita as acusações de populismo e volta à carga contra os outros partidos. "Incomodam-se com a candidatura do MPT porque colocamos a liberdade e a justiça" no topo das prioridades.