A maior parte dos eleitores do Porto (47,2%) considera que o Executivo liderado por Rui Moreira está a actuar melhor em comparação com o que se passava no anterior mandato protagonizado por Rui Rio, segundo uma sondagem da Aximage para o Negócios.

Este estudo de opinião mostra, por outro lado, que um em cada quatro inquiridos não encontra diferenças entre o trabalho do autarca eleito como independente, embora apoiado formalmente pelo CDS-PP, e o realizado pelo social-democrata que governou a cidade durante 12 anos. Já para 16,9%, Moreira está a actuar pior do que o seu antecessor.

O comparativo favorável ao líder do movimento "O Nosso Partido é o Porto" acaba por reflectir a nota positiva (13 valores, numa escala de 0 a 20) que lhe é dada pelo eleitorado, assim como o apoio popular ao trabalho realizado nos Paços do Concelho desde 2013. Quase metade (47,4%) considera que este Executivo tem actuado bem ou muito bem e só 11% chumba o governo local.

Face a estas avaliações não surpreende que Rui Moreira surja destacado nas intenções de voto para as eleições de 1 de Outubro. O inquérito da Aximage, feito entre 16 e 19 de Setembro, mostra que a grande dúvida para a noite eleitoral na cidade reside na atribuição do 13.º e último mandato, que "está dependente do sentido de abstenção e do voto dos indecisos" e em disputa com o PS e com o Bloco de Esquerda.

Se o vereador "cair" para o movimento dos independentes, o ex-presidente da Associação Comercial do Porto vence com maioria absoluta esta votação em que a abstenção deve rondar os 49%, um ponto acima da verificada em 2013. O socialista Manuel Pizarro aparece com metade das intenções de voto (20,8%), os 11,8% de Álvaro Almeida (PSD) estão já mais próximos da CDU – Ilda Figueiredo, com 8,9%, tem a vereação garantida –, enquanto João Teixeira Lopes (5,3%) pode ser o primeiro vereador bloquista no município portuense.

Ficha técnica

Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais do Porto com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel. Amostra: aleatória e estratificada (freguesia, sexo, idade, escolaridade e voto autárquico) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 600 entrevistas efectivas: 261 a homens e 339 a mulheres. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral. Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido entre os dias 16 e 19 de Setembro de 2017, com uma taxa de resposta de 78,9%. Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 600 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" – a 95% - de 4,00%). Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.