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Trump elogia resposta "muito inteligente" de Putin a sanções dos EUA
O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou "muito inteligente" o facto de o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, não ter reagido imediatamente às sanções decididas pela Administração Obama pela alegada interferência informática nas eleições presidenciais.
Putin condenou esta sexta-feira as sanções decididas por Washington, que incluem a expulsão de diplomatas, mas disse que não vai retaliar com a expulsão de norte-americanos. "Grande jogada, adiar. Sempre soube que ele era muito inteligente!", escreveu Trump no Twitter, em reacção.
Trump, que no dia 20 de Janeiro é empossado como presidente dos Estados Unidos, também reagiu (ainda ontem noite) às sanções contra a Rússia anunciadas pelo ainda presidente Barack Obama, decretadas em resposta à alegada interferência russa nas presidenciais norte-americanas de 8 de Novembro.
O próximo residente da Casa Branca comunicou que na próxima semana irá reunir-se com responsáveis dos serviços de inteligência norte-americanos para com eles debater a conclusão a que chegaram: a de que a Rússia pirateou os emails do Partido Democrata para "provocar ruído" nas eleições presidenciais de 8 de Novembro.
Esta posição, sublinha a Bloomberg, poderá revelar uma possível mudança de atitude de Trump em relação às suas primeiras reacções, quando repeliu a possibilidade de qualquer envolvimento dos russos.
No seu comunicado, Trump disse que "está na altura de cuidarmos das nossas vidas e de centrar as atenções em coisas maiores e melhores". "No entanto", prosseguiu, "no interesse do nosso país e do seu grande povo, reunir-me-ei com os líderes da comunidade dos serviços de inteligência, na próxima semana, para ser actualizado sobre os factos em torno desta situação".
Recorde-se que Obama anunciou ontem, 29 de Dezembro, a aplicação de um conjunto de sanções à Rússia, que passa pela expulsão de território norte-americano de 35 diplomatas e operacionais dos serviços de inteligência russos e pelo encerramento de dois complexos (Nova Iorque e Maryland) de dois serviços de informação russos, o GRU e o FSB.
Tratou-se de uma decisão sem precedentes que, em comunicado, a Casa Branca justificou com "as actividades significativas" de pirataria informática que considera "inaceitáveis e que não serão toleradas".