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Sondagem: Maioria "chumba" mandatos presidenciais de Cavaco
Mais de 50% dos inquiridos pela Aximage considera que a prestação de Cavaco Silva foi “má” ou “muito má”. Menos de 1% avalia como “muito boa” a Presidência de Cavaco, que mesmo junto dos eleitores do PSD e CDS se fica por um quarto de avaliações positivas.
A maioria dos inquiridos pela Aximage atribui uma avaliação negativa à prestação de Cavaco Silva enquanto Presidente da República. "Muito má" para 32% e "má" para 22,4%. Ainda assim, a maior parte dos inquiridos fica-se por um "assim-assim" quando chamada a valorar a actuação presidencial de Cavaco. Poucos são os que dão nota positiva ao doravante ex-Presidente: 12,1% diz que foi "boa" a sua actuação e escassos 0,8% consideram que foi "muito boa".
Mesmo junto do eleitorado mais à direita, Cavaco Silva recolhe opiniões maioritariamente negativas ao seu desempenho no mais alto cargo da hierarquia constitucional portuguesa.
Para mais de 28% dos inquiridos que votariam no PSD se houvesse legislativas no presente mês, o ainda Presidente teve uma prestação negativa ("muito má" para 14,5% e "má" para 13,7%). E se a maior parte (46,8%) opta por uma avaliação neutra de "assim-assim", apenas 24,4% dos eleitores sociais-democratas vêem como "boa" a actuação do antigo presidente do PSD, e bem menos ainda (0,6%) são os que lhe dão nota máxima.
Lógica idêntica mas com uma tendência negativa mais acentuada é a registada junto dos eleitores que votariam no CDS, com 54% dos inquiridos a considerarem como "mau" o legado presidencial cavaquista. Sem votos nas opções "muito má" e "muito boa", os restantes eleitores centristas repartem-se entre quem considera de "boa" (25,4%) a actuação de Cavaco e os que se ficam pelo "assim-assim" (20,6%).
Menos surpreendente é a avaliação feita pelo eleitorado que votaria à esquerda se fossem realizadas eleições parlamentares ainda este mês. 52,9%, 52,1% e 45,0% dos eleitores do PS, BE e CDU, respectivamente, classificam de "muito má" a actuação do titular da presidência entre 2006 e 2016. Que recebe nota positiva de 2,6% dos eleitores do PS, de 2,5% do BE e de 3,1% da CDU.
Também os indecisos sobre a orientação de voto em hipotéticas legislativas e os abstencionistas chumbam o quarto Presidente da era Constitucional com avaliações negativas em torno dos 50%.
Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.
Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 609 entrevistas efectivas: 292 a homens e 317 a mulheres; 59 no Interior Norte Centro, 88 no Litoral Norte, 107 na Área Metropolitana do Porto, 112 no Litoral Centro, 168 na Área Metropolitana de Lisboa e 75 no Sul e Ilhas; 112 em aldeias, 149 em vilas e 348 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.
Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 1 a 4 de Março de 2016, com uma taxa de resposta de 82,9%.
Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 609 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%).
Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.