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Semedo acusa maioria e PS de andarem a jogar ao "'totodéfice'"

O coordenador do Bloco de Esquerda (BE) João Semedo acusou o Governo e o PS de andarem a jogar ao "totodéfice", criando uma "diversão e distracção" na vida política portuguesa.

Cátia Barbosa/Negócios
20 de Setembro de 2013 às 00:17
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"Neste 'totodéfice', o CDS joga no 4,5%, o PSD joga no 4%, e surpresa das surpresas, António José Seguro e o PS também se associaram a este 'totodéfice' e sugerem que o défice que melhor serve o país é de 5% em 2014", criticou o bloquista na quinta-feira. Semedo falava num comício do partido em Setúbal, onde se fez acompanhar da candidata do partido à presidência da autarquia local, a deputada Mariana Aiveca.

 

Para o coordenador do BE, qualquer das metas para o défice no próximo ano, a ser atingida, não significará menor austeridade ou menores esforços para os portugueses. "Algum destes défices, a ser atingido, significaria menos austeridade? Significa que em 2014 os impostos em vez de aumentar iriam diminuir? Significaria que os cortes (...) seriam devolvidos aos portugueses e ao país? Certamente que não", considerou, perante uma plateia de algumas dezenas de espectadores.

 

Semedo lançou também um desafio ao PS e ao seu secretário-geral, António José Seguro, pretendendo o BE saber se, na eventualidade de ser dado o aval pela 'troika' para um défice de 5% no final de 2014, os socialistas votarão de modo diferente do anunciado o Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano.

 

O PS, que anunciou já o voto contra no OE, deve esclarecer se muda o seu sentido de voto, mesmo com "mais medidas de austeridade, mais medidas recessivas" no OE, caso seja dada 'luz verde' para os 5% do défice em 2014. "É preciso sabermos isto", advertiu o coordenador bloquista.

 

PSD e CDS-PP foram também visados por João Semedo pelo "medo" que sentem sobre os resultados das autárquicas de 29 de Setembro. "É preciso enganar, distrair, confundir, baralhar. É preciso trapaça política. É isso que o PSD e o CDS querem nesta campanha eleitoral (...). O Governo quer sacudir a água do capote", declarou, referindo-se a diferentes declarações recentes de membros do Executivo e dos partidos que o compõem sobre a 'troika' e as suas instituições, nomeadamente o Fundo Monetário Internacional (FMI).

 

"Se a política de austeridade continuar e agravar-se em 2014 todos os indicadores vão ficar piores. (...) No dia 29 de Setembro a austeridade vai a votos. E nós vamos derrotar a política de austeridade", frisou.

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