Depois de António Costa, é a vez de António José Seguro apresentar a sua moção política com as Grandes Opções de Governo. No fundo, é um documento onde o secretário-geral do PS vai expor o seu roteiro de governação para o caso de ser eleito primeiro-ministro. Uma eleição que só poderá disputar se sair vencedor das primárias do partido, que o vão opor a António Costa a 28 de Setembro. E, nem de propósito, Seguro já acusou Costa de levantar o véu sobre o que vai hoje ser apresentado.

Na moção que apresentou na passada terça-feira, igualmente na sede do PS, António Costa defendeu o lançamento de um programa de reformas a tempo parcial, a criação de um programa de recuperação, que capte investimento e promova uma mudança estrutural da economia, mas também um novo cálculo do défice estrutural ou ainda o desincentivo do recurso a trabalho precário.

Seguro não perdeu tempo a reagir. Ainda na terça-feira, o líder socialista aproveitou uma visita a Góis para acusar Costa de o imitar. "São as propostas e o discurso que temos vindo a fazer nos últimos três anos", sublinhou. "É ele que anda a copiar as propostas", insistiu. Aliás, "90%" das ideias que Costa colocou na moção são medidas que o próprio Seguro e a direcção do PS "têm apresentado nestes três anos", atirou. Pode isso ser um indicador do que hoje vai ser apresentado?