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Seguro acusa Costa de "copiar" as suas propostas e as do Governo

O secretário-geral socialista, António José Seguro, acusou o seu adversário às eleições primárias do PS, António Costa, de "copiar as propostas" da actual direcção do partido e também as do Governo.

Paulo Duarte/Negócios
12 de Agosto de 2014 às 21:26
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"São as propostas e o discurso que temos vindo a fazer nos últimos três anos", disse António José Seguro, esta terça-feira em Góis, adiantando que António Costa retoma igualmente algumas propostas do executivo de Pedro Passos Coelho.

 

Para o líder do PS, "quem anda atrás do Governo é mesmo o António Costa", por ter apresentado agora, por exemplo, "um plano de reforma a tempo parcial" já anunciado pelo executivo há meio ano. "É ele que anda a copiar as propostas", das quais "90%" o próprio secretário-geral e a direcção do PS "têm apresentado nestes três anos", sublinhou.

 

As propostas de António Costa "têm a ver com União Europeia, com o crescimento económico, com a prioridade a dar às questões sociais e parar com a austeridade", acrescentou António José Seguro, que visitou esta noite o município de Góis, liderado pela socialista Lurdes Castanheira, que o recebeu nos Paços do Concelho, antes de uma visita às iniciativas da Semana Cultural.

 

A comentar, em declarações aos jornalistas, a conferência de imprensa realizada hoje pelo seu adversário às primárias, Seguro considerou que António Costa "fez um grande elogio à actividade do PS" nos últimos três anos.

 

"Quero aproveitar para o cumprimentar pelo elogio que me fez a mim, à direcção do PS e a todos os militantes", disse, com alguma ironia. António Costa "não apresentou propostas e passou o tempo a criticar-me. Os portugueses julgarão (...), já estão a separar o trigo do joio em relação ao que se passa no PS", referiu.

 

O candidato às primárias socialistas António Costa disse hoje que ninguém pode pensar que "é dono do PS", considerando que as propostas do partido são as do conjunto do PS e não apenas as propostas do secretário-geral.

 

Sublinhando que o PS "tem de se diferenciar do actual Governo e não de si próprio", o também presidente da Câmara de Lisboa disse não querer entrar no "campeonato de quem propôs o quê", mas recordou que a proposta socialista de aumento do salário mínimo resultou precisamente de uma proposta sua.

 

Na sua intervenção, na Câmara Municipal, a presidente da autarquia criticou o encerramento de diversos serviços públicos no interior do país, como uma escola do seu concelho, frequentada por 24 alunos.

 

Na resposta, o líder do PS apoiou as críticas de Lurdes Castanheira ao actual Governo, afirmando que, "quando um país se governa pelos critérios da quantidade", sem medidas eficazes no combate à desertificação, o interior corre o risco de se transformar "num grande lar de idosos, cercado por um batalhão de idosos".

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