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Saúde e transportes: oposição diz que estão pior, Costa e o PS negam
Os serviços de saúde e de transporte estão a aquecer o debate do Estado da Nação. Direita diz que está tudo pior, Costa recusa e defende que o Governo está a reparar os danos deixados pela troika.
"Não tem gente a cuidar da gente", queixou-se Nuno Magalhães, deputado do CDS-PP, acusando o Executivo de ter descurado os serviços públicos de saúde.
As críticas dos centristas fizeram coro com as do PSD. O social-democrata António Leitão-Amaro também já tinha criticado o estado dos serviços de saúde.
Já António Costa e o PS veem um país diferente. Para além de identificarem menos esforço fiscal – "os portugueses vão pagar menos 1.000 milhões de euros de IRS do que pagavam quando o seu governo estava em funções, frisou Costa – garantem que o trabalho para o lançamento dos cinco hospitais que estão previstos no Orçamento do Estado está em curso e que os serviços estão a recuperar.
Costa frisa que mais 700 mil portugueses passaram a ter acesso a médico de família e que no final da legislatura a cobertura será de 97% da população. Só não será 100%, diz o primeiro-ministro, por "ausência de recursos suficientes e candidatos suficientes". O primeiro-ministro também garante que há mais consultas e mais cirurgias.
Nos transportes, António Costa lembra que "o Governo ainda chegou a tempo de travar as privatizações" e garante que "há menos composições paradas" do que havia no tempo do Executivo PSD/CDS-PP. "Estavam paradas 30 composições do metro. Não está agora nenhuma parada porque as reparamos todas."
Pelo PS falou o vice-presidente da bancada parlamentar. O deputado João Paulo Correia fez questão de devolver o ataque do PSD acusando sociais-democratas e o CDS de serem responsáveis pela degradação do SNS.
O socialista garantiu que o SNS "não foi sacrificado pela consolidação orçamental" para depois elencar um conjunto de boas políticas do Governo, dos passes únicos que considerou ser uma "medida revolucionária", à convergência com a União Europeia e a Zona Euro.
Terminou com uma pergunta que mais era uma afirmação quando, dirigindo-se ao primeiro-ministro, questionou se a Lei de Bases da Habitação era uma medida determinante no âmbito da agenda para a década proposta pelo PS. Costa disse que sim.