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PSD: "Um povo contribuinte esmagado, serviços públicos arrasados"

António Leitão Amaro acusou o Governo de ter falhado nas principais promessas que fez para esta legislatura. O debate do Estado da Nação prossegue esta tarde.

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"Um povo contribuinte esmagado, serviços públicos degradados e arrasados, na Europa um país ultrapassado e mais atrasado, o interior queimado e abandonado, reformismo zero concretizado e o futuro completamente adiado" – foi este o retrato que António Leitão Amaro, deputado do PSD, fez do Estado da Nação, esta quarta-feira, 10 de julho, no debate em plenário, na Assembleia da República.

O deputado social-democrata, o primeiro a pedir esclarecimentos a António Costa, enfrentou tema por tema o primeiro-ministro. Se Costa tinha acabado de louvar os resultados do Governo, Leitão Amaro classificou-os de "medíocres". Acusou o governo de ter "desperdiçado uma oportunidade histórica única, uma conjuntura internacional que não se via há décadas, com um empurrão do Banco Central Europeu".

Defendeu que o Governo prometeu paz social, mas que "as greves e conflitos não param de aumentar". Frisou que Costa "prometeu acabar com a emigração", mas garantiu que "nesta legislatura já mais de 300 mil portugueses saíram do país". Notou que o Executivo "prometeu crescimento", mas que "Portugal cresce menos do que todos os países com quem se compara", lembrando a redução do PIB per capita. 

Acusou ainda o Governo de ter levado "a carga fiscal para o máximo" e de ter feito "cortes nos serviços públicos", que ficou "mínimo."

"Foi o vosso caminho errado, a falta de reformas, que conseguiram o regresso do maldito défice externo, a queda da produtividade e a queda da poupança. O vosso programa foi desfazer. Desfazer reformas," assegurou Leitão Amaro.

Na resposta, António Costa optou por responder com números. "Vamos a factos", disse o primeiro-ministro. "Pela primeira vez Portugal está a crescer acima da media da União Europeia", contrapôs. E passou para o mercado de trabalho, lembrando a descida abrupta da taxa de desemprego, com a "criação de 350 mil novos postos de trabalho", dos quais "89% sem termo". "Temos a desigualdade mais baixa de sempre. Estes eram os objetivos, estas foram as metas conseguidas", argumentou Costa.

Depois, lembrou que o país saiu do Procedimento por défices excessivos e que também se libertou da notação de lixo, por parte das agências de rating. 

"Ainda bem que está sentado, porque quem vai ficar à espera que o diabo chegue é você," rematou o primeiro-ministro.

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