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Negrão acusa Costa de governar em "modo de ‘reality-show’"
O líder parlamentar do PSD apontou o dedo aos vários falhanços da governação e à forma como, no entender de Negrão, o Governo branqueou situações graves.
A querer falar do "país real" e não sobre o país que o primeiro-ministro "insiste pintar de cor-de-rosa", Fernando Negrão identificou um vasto conjunto de situações em que o Governo não soube governar.
Para o líder da bancada parlamentar do PSD, o primeiro-ministro, António Costa, "governa em permanente modo de ‘reality-show’", esquecendo os trabalhadores que pagam impostos e os cidadãos que precisam dos serviços públicos.
Negrão criticou a situação a que chegou o Serviço Nacional de Saúde, o "caos" nos transportes públicos, o "desinvestimento" na educação ou o "panorama de rutura" também verificado na justiça, segurança e proteção civil.
No meio de tanto esquecimento, o deputado social-democrata sustenta que o Governo esqueceu propositadamente o interior do país porque sabe que "o interior não dá votos que cheguem para vencer eleições".
O assalto ao paiol de Tancos e o "familygate" são casos que no entender de Fernando Negrão mostram a "impunidade" que se atribui o Executivo socialista.
Relativamente a todas estas questões, "para o Governo está tudo bem", foi concluindo em tom de lamento o deputado de cada vez que apontava um falhanço do Executivo.
A "maior carga fiscal" de sempre não foi esquecida por Negrão, que recordou ainda uma frase proferida por António Costa em 2015, antes de ser chefe do Governo, quando o líder socialista defendia ser impossível relançar uma economia sem um "aumento significativo do investimento público".
"Ficou assim claro, e dito pela boca do próprio primeiro-ministro, que este Governo não relançou a economia porque não quis", justificou aludindo aos baixos níveis de investimento público muitas vezes constrangido pela política de cativações do ministro das Finanças, Mário Centeno.
Negrão terminou sinalizando a expectativa do PSD de que poderá voltar liderar o Governo depois das legislativas de outubro a fim de construir "em pleno um projeto alternativo para Portugal".
(Notícia atualizada)