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"Não podemos criar uma secção Freeport na TVI"

"O jornalismo de investigação é uma área obrigatória, mas não podemos criar uma secção Freeport. Qualquer dia tínhamos de criar uma secção do caso Portucale, outra do caso Casa Pia , defende Júlio Magalhães, que hoje assume a nova direcção de informação da TVI, em entrevista ao "Público".

16 de Setembro de 2009 às 08:23
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“O jornalismo de investigação é uma área obrigatória, mas não podemos criar uma secção Freeport. Qualquer dia tínhamos de criar uma secção do caso Portucale, outra do caso Casa Pia”, defende Júlio Magalhães, que hoje assume a nova direcção de informação da TVI, em entrevista ao “Público”.

Para o novo responsável, a suspensão da edição de sexta-feira do “Jornal Nacional” não pode ser imputada apenas a pressões políticas, ou a uma estratégia de contenção de custos por parte da estação. A tensão entre Moura Guedes e a administração da TVI era conhecida internamente e crescente.

“Todos sabemos que há sempre a tentação da pressão política e houve também litígios fortes nessa área. Tudo isso foi um acumular de situações que fizeram daquele um jornal muito polémico, que acabou por ganhar uma dimensão de tal ordem que, com a saída do José Eduardo Moniz [de director-geral da TVI], não houve possibilidade de gerir bem a situação. Houve falta de bom senso na gestão das coisas e acabou por culminar nisto. Mas aquilo era uma guerra e um tema muito polémico e muito dividido que se arrastava entre aquele jornal e aquela administração e toda a gente sabia disso”, afirma Júlio Magalhães, em declarações ao “Público”.

“Acho que não foi uma atitude tomada no tempo certo e não é de todo elegante, mas acho que ao longo destes tempos houve uma injustiça cometida. Como se aquele jornal fosse independente, livre e plural e tudo o resto não fosse. A TVI tinha uma linha editorial que ia de segunda a domingo e incluía o jornal de sexta”, acrescenta ainda.

De acordo com o novo responsável, a prioridade passa agora por restabelecer a estabilidade à redacção, agitada pela saída de José Eduardo Moniz e pelo afastamento de Manuela Moura Guedes. A tarefa implicará uma rearrumação, nomeadamente em termos de editores. Pedro Pinto e a Constança Cunha e Sá passam a editores principais, revela já Júlio Magalhães.

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