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PSD vai chamar Medina e Santos Silva ao Parlamento sobre partilha de dados de ativistas

Rui Rio revelou esta quinta-feira que vai dar entrada de um requerimento para que Fernando Medina seja ouvido no Parlamento por causa das informações partilhadas pela Câmara de Lisboa com a Rússia.

No barómetro de maio da Intercampus, o PSD de Rui Rio desce de 23,3% para 21,7%.
Rodrigo Antunes/Lusa
10 de Junho de 2021 às 19:56
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O presidente do PSD anunciou hoje que vai chamar o presidente da Câmara de Lisboa e o ministro dos Negócios Estrangeiros ao Parlamento para prestarem explicações sobre a partilha de dados pessoais de ativistas russos.

"O que o PSD vai fazer é entrar com um requerimento amanhã [sexta-feira], porque hoje é feriado, no sentido de chamar o doutor Fernando Medina [presidente da Câmara Municipal de Lisboa] à Assembleia da República e também votaremos a favor de todos os requerimentos de outros grupos parlamentares que tenham o mesmo objetivo", disse Rui Rio em conferência de imprensa, no Porto.

Além disso, o partido vai entregar um segundo requerimento para que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, vá também ao Parlamento fazer a avaliação desta situação e que procedimentos há a adotar para que haja "a certeza que isto não volta a acontecer nunca mais em Portugal", revelou.

Rui Rio disse que a situação não é grave, mas sim "gravíssima" e "absolutamente intolerável" num país democrático. "E nenhum governo da União Europeia faria semelhante coisa", afirmou, reforçando tratar-se de uma "vergonha para Portugal".

"Já há diversas notícias na comunicação social internacional sobre o que a Câmara Municipal de Lisboa fez", sublinhou o social-democrata.

O caso dos ativistas russos reporta-se a 18 de janeiro, quando foi pedida autorização para uma concentração em solidariedade com o opositor russo Alexei Navalny, detido na Rússia, com vista à sua libertação.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa pediu hoje "desculpas públicas" pela partilha de dados de ativistas russos em Portugal com as autoridades russas, assumindo que foi "um erro lamentável que não podia ter acontecido".

"Quero fazer um pedido de desculpas público aos promotores da manifestação em defesa dos direitos de Navalny, da mesma forma que já o fiz à promotora da manifestação. Quero assumir esse pedido de desculpas público por um erro a todos os títulos lamentável da Câmara de Lisboa", disse Fernando Medina numa conferência de imprensa sobre envio à Rússia de dados pessoais de três ativistas russos.

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