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Medina promete conclusão da auditoria sobre partilha de dados de manifestantes nos "próximos dias"

A auditoria foi anunciada depois das notícias que deram conta que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) fez chegar às autoridades russas os nomes, moradas e contactos de três ativistas russos que organizaram em janeiro um protesto, em frente à embaixada russa em Lisboa, pela libertação de Alexey Navalny, opositor do Governo russo.

13 de Junho de 2021 às 20:20
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O presidente da Câmara de Lisboa disse hoje que estará concluída "nos próximos dias" a auditoria urgente sobre as manifestações realizadas no município nos últimos anos e prometeu responder nessa altura aos ataques de que tem sido alvo.

"Eu assumi por inteiro as responsabilidades da câmara e o erro que a câmara cometeu e anunciei, nesse mesmo momento, a realização de uma auditoria urgente ao que se passou naquele processo em concreto e em relação aos outros", disse Fernando Medina aos jornalistas, após a inauguração do Parque Urbano Gonçalo Ribeiro Telles, na Praça de Espanha.

A auditoria foi anunciada depois das notícias que deram conta que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) fez chegar às autoridades russas os nomes, moradas e contactos de três ativistas russos que organizaram em janeiro um protesto, em frente à embaixada russa em Lisboa, pela libertação de Alexey Navalny, opositor do Governo russo.

O presidente da Câmara de Lisboa frisou que a "avaliação urgente está neste momento em curso" e nos, "próximos dias, será apresentada e publicada de forma transparente e clara".

Fernando Medida sustentou que a CML assumiu o problema desde o início, sublinhando que está a ser feita "uma auditoria completa sobre todas as manifestações e sobre a forma como todas as manifestações foram tratadas na CML ao longo dos últimos anos".

Segundo o autarca, esta avaliação tem como finalidade saber se a correção de procedimentos efetuados em abril "foi suficiente ou se, pelo contrário, é preciso tomar outras medidas".

"Eu espero que esteja concluído nos próximos dias porque entendo que a gravidade desde assunto seja tratado com grande sentido de responsabilidade e sentido de urgência", disse.

Fernando Medida prometeu também que, nessa altura, vai responder à "campanha de ataques, de insultos e de ignomínia que tem sido feita à CML e ao presidente da CML".

"Não ficarão sem resposta. Porque se há erros lamentáveis e que não se podem repetir, fui o primeiro a não escamotear a importância destes erros. Mas também acho absolutamente inaceitável e direi exatamente com todas as palavras o que entendo sobre a campanha de insultos", disse.
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