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Rio: alegada entrega de dados à Rússia a ser verdade é "gravíssimo" e tem que ser esclarecido
O presidente do PSD, Rui Rio, considerou esta quinta-feira que, a ser verdade, o alegado envio de dados pessoais de três manifestantes à Rússia é "gravíssimo" e "tem que ser esclarecido.
"Custa-me muito a acreditar que isto possa ter mesmo acontecido assim. Tem de ser esclarecido", disse.
A confirmar-se, Fernando Medina só tem uma saída: a demissão.
Lisboa tem de ser, e comigo será, uma cidade de Liberdade, onde se celebra e defende a Democracia em Portugal e em qualquer ponto do mundo.Se o PS e Fernando Medina o fizeram não é grave, é gravíssimo. A ser verdade, teria de ter consequências consentâneas com uma atitude absolutamente inqualificável em democracia. Custa-me muito a acreditar que isto possa ter mesmo acontecido assim. Tem de ser esclarecido. https://t.co/OvoyOOcEh9
— Rui Rio (@RuiRioPSD) June 10, 2021
O Expresso e o Observador avançaram, na quarta-feira, que a Câmara de Lisboa fez chegar às autoridades russas os nomes, moradas e contactos de três manifestantes russos que, em janeiro, participaram num protesto, em frente à embaixada russa em Lisboa, pela libertação de Alexey Navalny, opositor daquele Governo.
O CDS apresentou entretanto um requerimento para a audição do Presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, após o alegado envio de dados pessoais de três manifestantes à Rússia.
A Iniciativa Liberal exigiu que o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, assuma responsabilidades políticas pela alegada divulgação de dados pessoais de manifestantes à Rússia e que o Estado garanta a segurança dos visados.
A candidata do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Lisboa, Beatriz Gomes Dias, anunciou também que vai pedir explicações a Fernando Medina sobre a partilha com o governo russo de dados de organizadores de uma manifestação anti-Kremlin.
Também na rede social Twitter, a bloquista escreveu: "O Bloco vai pedir esclarecimentos a Medina sobre a partilha de dados de quem organizou uma manifestação a exigir a libertação de Navalny".
A Lusa contactou a Câmara de Lisboa, mas, até ao momento, não obteve resposta.