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PSD destaca “poucochinho” feito por PS e nega contribuir para crispação

O dirigente do PSD Matos Correia sublinhou este domingo o "poucochinho" feito pelo Governo PS até agora, ao comentar o discurso de Ano Novo do Presidente da República, rejeitando ainda que os sociais-democratas sejam responsáveis pela crispação política.

Bruno Simão
01 de Janeiro de 2017 às 22:22
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"Haverá quem faça essa leitura e quem achasse que havia uma crise iminente. O que nós sempre dissemos e dizemos é que era possível fazer bastante melhor que o poucochinho que foi feito e que as políticas que defendemos e continuaremos a apresentar aos portugueses permitiriam ao país ter um caminho de sucesso muito maior do que o conseguido por este Governo", afirmou, na sede nacional do PSD, em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa, numa comunicação ao país gravada no Palácio de Belém, considerou 2016 o ano da "gestão do imediato" e desejou mais "crescimento económico" em 2017, reconhecendo "pequenos passos", mas "muito por fazer".


O chefe de Estado e antigo líder social-democrata declarou que os portugueses conseguiram afastar "o espectro da crise política iminente, de fracasso financeiro, de instabilidade social que, para muitos, era inevitável" e que "o ambiente nos debates entre políticos foi mais dramatizado do que na sociedade em geral", num "balanço positivo".


"Destaco, em particular, a referência que fez à necessidade de o país substituir a gestão no imediato pela gestão a prazo dos problemas fundamentais com que é confrontado. O Presidente da República fez alusão a alguns deles: o crescimento económico anémico com que o país se debate, a questão da lentidão do sistema judicial e a dívida pública, que mantém níveis extremamente elevados", afirmou o presidente do conselho estratégico social-democrata, Matos Correia.


Para o também deputado do PSD, "a crispação a que fez referência é, quanto muito, uma que advinha daqueles que se opunham ao Governo que esteve em funções quatro anos e meio em momentos particularmente difíceis, em que foi preciso tomar decisões difíceis e aplicar um programa de ajustamento que não foi sequer o PSD e o seu parceiro de coligação (CDS-PP) que negociaram".


"Se alguns, irresponsavelmente, entraram pelo caminho da crispação, não é esse o caminho que nós temos. O que nós temos é dizer aquilo em que acreditamos e lutar por aquilo que defendemos, mas dentro do respeito pelas regras e princípios democráticos, o que não se pode dizer que tenha acontecido com frequência quando outros estiveram na oposição", contrapôs.

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