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CDS acompanha preocupações de PR sobre dívida pública e crescimento económico

O CDS-PP disse este domingo "acompanhar as preocupações" expressas pelo Presidente da República quanto à dívida pública e ao crescimento económico e considerou que as "notas positivas" de Marcelo Rebelo de Sousa sobre 2016 são sobre assuntos "menos relevantes".

Sara Matos/Negócios
01 de Janeiro de 2017 às 23:44
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Em Braga, a reagir à primeira mensagem de Ano Novo de Marcelo Rebelo de Sousa enquanto Presidente da República, o vice-presidente do CDS-PP, Nuno Melo, referiu que as prioridades traçadas pelo chefe de Estado são as que "não foram concretizadas" em 2016, pelo que "obviamente é uma governação falhada" a do Governo de António Costa.

Nuno Melo considerou ainda que as palavras do Presidente da República tiveram um tom "apaziguador", desvalorizando a parte em que Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que se esperou o pior para 2016 e que tal não aconteceu.


"O CDS acompanha as preocupações do senhor Presidente da República sobre os falhanços da governação em 2016, em áreas tão sensíveis como as do crescimento económico, dívida que aumenta ou os cortes nas áreas sociais", afirmou Nuno Melo.


Nuno Melo aproveitou as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, que traçou como objectivos para o país em 2017 "rigor financeiro, cumprimento de compromissos externos, maior justiça social", para deixar críticas ao Governo de António Costa.


"A partir do momento em que o Presidente da República traça para 2017 como prioridades estas que não foram concretizadas em 2016, aumento do crescimento económico, diminuição da dívida, e preocupação com os que menos têm, obviamente que é uma governação falhada", disse, explicando que o crescimento em 2016 "foi poucochinho".

Sobre as palavras positivas do Presidente da República, Nuno Melo atribuiu-as a "traços típicos da personalidade" de Marcelo Rebelo de Sousa.


"É normal que tenha uma mensagem apaziguadora, mas não invalida as notas dominantes", disse, depois de afirmar que "aquilo que são notas positivas em relação a 2016 sejam as notas menos relevantes em relação àquilo que são as prioridades do país".


Nuno Melo lembrou que Marcelo Rebelo de Sousa "bem podia ter recordado o brutal aumento de impostos indirectos, porque todos os portugueses vão pagar mais em portagens, combustíveis, IMI, IUC, electricidade, transportes públicos".


"Volto a insistir, um governo que assim se comporta não devolve rendimentos como propagandeou, apropria-se", salientou.


De positivo, o vice-presidente do CDS destacou o funcionamento da "geringonça", apontado pelo Presidente da República.


"Eu noto que com este Governo a Concertação Social, normalmente coordenada com alguns dos sectores que conferem a maioria, está tranquila e não sai de casa. Reconheço que a dita geringonça tem funcionado", disse.


O Presidente da República descreveu hoje 2016 como o ano da "gestão do imediato" e desejou mais "crescimento económico" em 2017, no seu discurso de primeiro dia do ano, em Lisboa, reconhecendo "pequenos passos", mas "muito por fazer".


"2016 foi o ano da gestão do imediato, da estabilização política e da preocupação com o rigor financeiro. 2017 tem de ser o ano da gestão a prazo e da definição e execução de uma estratégia de crescimento económico sustentado. Aprendendo a lição de que, no essencial, tivemos sucesso quando nos unimos", disse Marcelo Rebelo de Sousa, na sala das bicas do Palácio de Belém.

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