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PS promete eliminar "TSU dos pensionistas" e reduzir gradualmente sobretaxa de IRS
O "Contrato de Confiança" está dividido em três partes e tem como um dos principais objectivos o fim da "TSU dos pensionistas", ou seja, da nova contribuição de sustentabilidade. a sobretaxa será para eliminar numa legislatura.
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O PS, se for Governo, promete acabar com a contribuição de sustentabilidade aplicada aos pensionistas e alocar receitas do combate à fraude fiscal para reduzir progressivamente a sobretaxa em IRS até a eliminar.
Estas são dois dos principais objectivos políticos constantes no "Contrato de confiança", documento que hoje é apresentado na Convenção "Novo Rumo para Portugal" pelo secretário-geral do PS, António José Seguro, constituindo as bases programáticas de um futuro Governo socialista.
O "Contrato de Confiança" está dividido em três partes e tem como um dos principais objectivos o fim da "TSU dos pensionistas", ou seja, da nova contribuição de sustentabilidade.
A contribuição de sustentabilidade é a medida adotada pelo atual executivo PSD/CDS para substituir a atual Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) - medida que os socialistas consideram ter um caráter retroactivo.
O PS pretende cobrir esta perda de receita com novas receitas provenientes de um imposto sobre fundos de investimento imobiliário, com a taxa sobre transações financeiras e através de vendas de património do Estado.
Ao nível fiscal, o PS quer intensificar os mecanismos de combate à fraude e evasão fiscais, alocando essas verbas a uma descida progressiva da sobretaxa do IRS, até a eliminar, em princípio no prazo de uma legislatura.
De acordo com as estimativas da direcção liderada por António José Seguro, o acréscimo de receitas proveniente de um combate mais eficaz à fraude e evasão fiscais poderão cobrir os 850 milhões de euros provenientes atualmente da sobretaxa de IRS.
Ainda no domínio da política fiscal, o PS reitera um compromisso já assumido pelo seu secretário-geral: Não aumentar os impostos na próxima legislatura.
O "Contrato de Confiança" proposto pelos socialistas promete revogar os cortes em vigor no complemento solidário para idosos e não proceder a despedimentos na função pública, fazendo antes uma reforma do Estado tendo como base um consumo mais eficiente dos recursos.
Outro objetivo político passa pela celebração de um pacto para o emprego, partindo da ideia de que Portugal tem um mercado de trabalho dual, com cidadãos muito qualificados e outra parte com baixas qualificações.
Além deste programa de qualificações, que se pretende que envolva várias associações e instituições, os socialistas renovam o compromisso de proceder a uma separação gradual dos setores público e privado na saúde, através da introdução da exclusividade de funções para os novos quadros que entrarem no Serviço Nacional de Saúde.
Na educação, se o PS formar Governo, compromete-se a baixar para metade a taxa de abandono escolar, reduzindo-a para valores próximos dos 10 por cento, e promete recusar qualquer medida no sentido de "plafonar" as contribuições para a segurança social.
Outro compromisso do PS é cumprir os objetivos de médio prazo do Tratado Orçamental da União Europeia, procedendo a uma progressiva consolidação das contas públicas.