O Partido Popular (PP) de Mariano Rajoy venceu as eleições na Galiza, reforçando a maioria absoluta que já detinha nesta comunidade autónoma no Norte de Espanha (a única do país que é governada sem coligação).

De acordo com os resultados quase finais (estão contados quase 99% dos votos), o PP manteve 41 deputados em 75, o que permitirá a Alberto Núñez Feijóo continuar a liderar o governo da Galiza.

Os socialistas sofreram uma derrota pesada, já que a En Marea (coligação que agrupa, entre outros, os partidos de esquerda Podemos e Esquerda Unida) conseguiu ultrapassar o PSOE em número de votantes, tendo, no entanto, as duas forças políticas ficado com 16 representantes na assembleia regional.

O Bloco Nacionalista Galego baixa de nove para seis deputados regionais e o partido de centro-direita Ciudadanos não conseguiu, mais uma vez, eleger qualquer representante.

No País Basco, que também foi hoje a eleições, a vitória foi para o Partido Nacionalista Basco (PNV), ainda que o partido conservador nacionalista não tenha conseguido a maioria absoluta, pelo que necessita de um acordo para governar.

O PNV conseguiu aumentar de 27 para 29 deputados a sua representação no parlamento regional com 75 assentos, ficando a larga distância do Euskal Herria Bildu (coligação de vários partidos regionais de esquerda e independentistas), que perdeu cinco deputados, ficando agora com 17.

Na primeira vez que participa nas eleições regionais no País Basco, o Podemos assume o estatuto de terceira força política (11 deputados), relegando o PSE para a quarta posição. Os socialistas perderam quase metade dos deputados (de 16 baixam para 9) e o PP surge em quinto lugar (menos um do que nas eleições anteriores).

Uma tendência clara destas duas eleições passa pela perda de influência do PSOE de Pedro Sánchez, o que enfraquece as possibilidades de sucesso da tentativa que o partido vai fazer nos próximos dias para encontrar uma candidatura alternativa ao Governo espanhol que desbloqueie o actual impasse político em Madrid.

Se a situação não for debloqueada até 31 de Outubro próximo, o rei Felipe VI terá de dissolver o parlamento nacional e convocar novas eleições.

 
(notícia actualizada às 22:30 com resultados definitivos)