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Portas pede que se evite judicialização da relação entre Portugal e Angola

Evitar a judicialização das relações entre Portugal e Angola, o apelo deixado por Paulo Portas, no 26.º Congresso do CDS-PP, no último discurso que faz enquanto líder do partido.

CDS/PP
12 de Março de 2016 às 16:53
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Assume que, enquanto governante, trabalhou para melhorar as relações entre Portugal e Angola. Agora pede a quem está nos órgãos de soberania para, "dentro do que a Constituição dispõe e lei impõe" evite "a tendência para a judicialização da relação entre Portugal e Angola. Esse seria um caminho sem retorno".

Portas deixa o apelo no último discurso que faz enquanto presidente do CDS-PP. No domingo, 13 de Março, Assunção Cristas deverá sair vencedora das eleições no 26.º Congresso do CDS-PP, que está a decorrer em Gondomar.

E deixa o apelo num momento em que está em investigação a Operação Fizz, que lá levou à prisão preventiva do procurador do Ministério Público, Orlando Figueira, por alegadamente ter arquivado processos relacionados com altas figuras do Estado angolano, nomeadamente as que estavam sob investigação e que incluam Manuel Vicente, vice-presidente de Angola.

A Procuradoria-Geral da República já fez saber que Manuel Vicente não é arguido nesse processo. Mas há uma entidade colectiva sob os arguidos que alguns jornais têm noticiado como sendo o Banco Atlântico, do angolano Carlos Silva.

Depois de conhecido este caso, o Jornal de Angola em editorial disse tratar-se da "vingança de colono", saindo em defesa do vice-presidente do país, Manuel Vicente.

Paulo Portas, agora, a 12 de Março de 2016, realça a importância de Angola e de Portugal terem boas relações. E, depois de clamar pela não judicialização da relação, pediu que "procurarem em todas as frentes o compromisso. O método do compromisso é o que melhor resultados produz naqueles países e estados que tem afinidades electivas e entre Portugal e Angola há afinidades electivas".

Deixou depois a premonição: "o lugar que Portugal deixar de ocupar em Angola, vai ser ocupado por outros países, se calhar pelos que se empenham discretamente em prejudicar as relações entre Portugal e Angola são os que nos gostariam de substituir em Angola".

Portas lembrou as duas mil empresas portuguesas que estão em Angola e "merecem a nossa protecção", e as 10 mil que exportam e que "não podemos esquecer". A intercepção das duas economias é grande e por isso o apelo dirigido aos órgãos de soberania.
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