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PCP: Acordo com PS assegura solução política duradoura sem hipotecar projecto comunista

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou este domingo que o acordo com o PS para a formação e viabilização de um governo socialista assegura uma solução política duradoura sem hipotecar o projecto comunista.

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Novembro de 2015 às 17:41
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"Fizemo-lo [o acordo] assegurando uma solução política, sem hipotecar o nosso programa, sem hipotecar o nosso projecto, que permanecem no presente e no horizonte da nossa intervenção e da nossa acção política", disse Jerónimo de Sousa.

 

Terça-feira foi aprovada uma moção de rejeição do programa do XX Governo Constitucional, que, de acordo com a Constituição, implica a demissão do executivo PSD/CDS-PP. No mesmo dia foi assinado um acordo entre PS e PCP.

 

Num comício na Marinha Grande, distrito de Leiria, o secretário-geral do PCP garantiu que neste processo "foram os pontos de convergência que se valorizaram", insistindo que nesta solução o PCP não prescindiu "da sua independência ideológica e política".

 

Perante cerca de 300 pessoas, Jerónimo de Sousa explicou que neste processo o PCP esteve determinado "a fazer os maiores esforços para pôr um ponto final definitivo na governação PSD/CDS e dar uma solução política que garantisse a necessária resposta governativa que a nova situação exigia".

 

Para Jerónimo de Sousa, neste trabalho foi identificado "um conjunto de matérias onde é possível assegurar uma acção convergente, abrindo uma possibilidade real de, entre outros, dar passos na devolução dos salários", na reposição "dos complementos de reforma dos trabalhadores do sector empresarial do Estado", na restituição de parte das prestações sociais, na reposição dos feriados e na reversão dos processos de concessão e privatização de empresas de transportes terrestres.

 

Segundo o secretário-geral do PCP, esta é "uma posição conjunta que assegura as condições para, nas atuais circunstâncias, garantir uma solução governativa que impeça PSD e CDS de prosseguirem a sua política de destruição do país, e onde se confirma e reafirma a existência de um novo quadro parlamentar com uma maioria de deputados que constituem condição bastante para a formação de um governo de iniciativa do PS que permita a apresentação do seu programa, a sua entrada em funções e a adopção de uma política que assegure uma solução duradoura na perspectiva da legislatura".

 

Jerónimo de Sousa considerou, depois, que o compromisso firmado com o PS originou uma "reacção descabelada e revanchista dos partidos da coligação governamental e dos seus aliados que dominam o espaço público do comentário político e no estalar do verniz falsamente democrático", sublinhando que "o que está em causa nem sequer é um governo das esquerdas", mas, ainda que fosse, "era tão legítimo como qualquer outro".

 

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