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PCP teme que os contribuintes venham a pagar mais pelo Novo Banco

"Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque também tinham dito que os portugueses não assumiriam os custos do fundo de resolução. Mas o que se vê é que, quanto muito, daqui a 40 anos [os bancos] pagarão a dívida de 3,9 mil milhões de euros", afirmou o deputado Miguel Tiago.

Bruno Simão
31 de Março de 2017 às 20:16
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As condições de venda do Novo Banco "confirmam a justeza da proposta do PCP que determinava o controlo público sobre" a instituição, afirmou Miguel Tiago, deputado do partido comunista em declarações no Parlamento, transmitidas pelas estações de televisão, depois de António Costa e Mário Centeno apresentarem a solução que encontraram para o Novo Banco.

"O negócio que agora temos apresentado aos portugueses, e a forma como se traduzirá num novo custo para os portugueses, demonstra bem a necessidade que havia de travar a alienação do Novo Banco", reitera o deputado do PCP, que acusa o Governo de usar "recursos do Estado para limpar" o balanço do Novo Banco.


"A resolução [do BES] foi tão mal feita que ainda resta muito lixo no banco", sublinhou. "Estamos a presenciar uma utilização de recursos do Estado para limpar" a instituição "e entregar a um outro grupo económico".

 

Confrontado com o facto de o primeiro-ministro, António Costa, ter garantido que não haverá mais perdas para os contribuintes, Miguel Tiago afirmou: "Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque também tinham dito que os portugueses não assumiriam os custos do fundo de resolução. Mas o que se vê é que, quanto muito, daqui a 40 anos [os bancos] pagarão a dívida de 3,9 mil milhões de euros" que o Estado emprestou ao fundo. "E agora assume novos compromissos, que podem ter um valor muito substantivo. Se calhar reavemos oito mil milhões de euros daqui a 80 anos", salientou.

 

Esta "é uma má solução".

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