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Passos Coelho: "Não tenho quaisquer bens em nome de filhas, primos ou outra família"

O primeiro-ministro explicou esta manhã, no debate quinzenal mais aguardado dos últimos tempos, que não tem nem teve outros rendimentos além dos que recebe pelo seu trabalho, e que há alguém "importante" a querer incriminá-lo.

Reuters
26 de Setembro de 2014 às 11:54
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O primeiro-ministro garante é uma "mistificação" que "eu tenha, durante anos consecutivos, acumulado rendimentos que ninguém conseguiria explicar" sem "alteração sensível quer do património quer dos estilos de vida". "Quem me conhece há muitos anos sabe, e isso é compulsável, que não possuo outro património senão aquele que está declarado, que não me pertence na totalidade uma vez que estou a pagar empréstimos para aquisição de casa própria", justificou.

 

"Não tenho portanto outros rendimentos senão os que aufiro do meu trabalho, não possuo nenhuma riqueza acumulada, não tenho em nome de filhas, primos ou outra família quaisquer bens", afiançou,  recebendo um forte aplauso que durou vários segundos por parte das bancadas da maioria.

 

"O facto de ser uma pessoa remediada nunca me impediu de decidir de acordo com a minha consciência", acrescentou. "Nunca na minha vida, em lugares públicos ou de outra natureza, decidi senão de acordo com a minha consciência. Mesmo que isso possa desagradar a algumas pessoas".

 

"Quero dizer ao Parlamento que, se é verdade que as acusações que me fazem não têm fundamento, me é muito difícil apresentar elementos de prova e fotografias de elementos fantasmas que não tenho", justificou. "Espero que os que sustentam as suas acusações o possam publicamente comprovar", sugeriu.

 

"Alguém importante" quis incriminar o primeiro-ministro

 

Passos Coelho mostrou-se ainda surpreso com a divulgação das suas declarações de IRS por um jornal – o i, na edição de hoje. "Li e não acreditei", criticou. Passos mostrou-se disponível para revelar os seus rendimentos, mas não aos rendimentos da sua família, que constam dessas mesmas declarações.

 

"A ideia de que existam declarações de rendimentos que não apresentei aqui sequer ao Parlamento e a que os senhores jornalistas tenham tido acesso representa uma violação do Estado de Direito e seguramente que alguma coisa não funciona bem quando alguém importante entende que é preciso fazer insinuações", lamentou.

 

"Isso deve deixar-nos a pensar", rematou.

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