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Passos Coelho exige explicações ao INE sobre revisão da taxa de desemprego

O primeiro-ministro disse que ainda não conhece os fundamentos da revisão dos dados do desemprego em Janeiro. Foi uma "revisão sensível", de 0,5 pontos percentuais, e só se pode tomar uma decisão depois de o INE dar uma explicação.

Bruno Simão
01 de Abril de 2015 às 16:09
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O debate quinzenal desta quarta-feira, 1 de Abril, começou com o líder da bancada do PS, Ferro Rodrigues, ao ataque. O primeiro tema foi o crescimento da taxa de desemprego, em Janeiro e em Fevereiro últimos. "O desemprego oficial passou a ser superior ao que estava previsto, passou os 14%, e mais grave do que isso, há seis meses que no desemprego oficial há queda do emprego", acusou. Passos Coelho defendeu-se: não há nenhuma explicação do INE para a revisão dos dados, e tem que haver.

 

"Esperou evidentemente que o resultado do INE, que foi divulgado aqui há poucos dias, fosse uma espécie de grande embaraço para o Governo", começou por dizer Passos Coelho. "Mas não é", assegurou. Isto porque "sucede que o INE, nos últimos meses, fez revisões sensíveis sobre os seus próprios dados. Fê-lo no ano passado e outra vez este ano", relembrou Passos Coelho.

 

"Já uma vez, no ano passado, quando o INE divulgou dados que eram mais negativos, eu disse: não sei se isto é ou não uma inversão de tendência, foi um sinal que apareceu, vamos aguardar". "Passado pouco tempo, o INE veio rever esses dados e em alta, e aquilo que parecia ser tendência a inverter não foi", lembrou.

 

Ora, "desta vez sucedeu o contrário: o INE fez uma revisão a Janeiro que foi sensível: praticamente 0,5 pontos, é muito sensível". A revisão do INE colocou a taxa de desemprego em Janeiro em 13,8% (ao invés dos 13,3% inicialmente referidos). "Não ouvi as fundamentações adequadas para uma revisão desta amplitude. Deve haver. Eu é que ainda não conheço os fundamentos desta revisão", justificou.

 

"Não estamos em condições de formular uma explicação sobre o que se passou, a revisão foi sensível. O INE não pode rever uma estatística destas sem apresentar um fundamento sério para essa decisão", sublinhou, até porque as "políticas públicas na área do emprego não podem deixar de se basear na informação produzida".

 

Apesar disso, "há uma coisa que sei: mesmo com esta revisão, quando comparamos em termos homólogos, o desemprego é mais baixo em Janeiro e em Fevereiro deste ano do que em 2014".

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