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Passos assegura que os mais pobres "não foram afectados por cortes nenhuns"

O primeiro-ministro afirmou esta sexta-feira que o Governo protegeu os mais pobres, e rejeitou que tenha havido cortes no RSI ou no subsídio de desemprego. Também rejeitou ter aumentado o IVA, sublinhando que apenas houve uma recomposição dos produtos.

Miguel Baltazar
19 de Junho de 2015 às 11:41
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Passos Coelho foi confrontado por Jerónimo de Sousa com o aumento da desigualdade em Portugal, mas, na volta do correio, negou que os mais pobres tenham enfrentado cortes. "As pessoas de rendimentos mais baixos não foram afectadas por cortes nenhuns", afirmou Passos Coelho, que teve de repetir a ideia perante a estupefacção das bancadas à esquerda. Por outro lado, Passos negou que a emigração tenha começado nos últimos anos.

 

O líder do PCP disse que os níveis de emigração actuais superam os dos anos 1960. Passos Coelho também rebateu essa ideia. "A ideia de que em Portugal só passamos a ter emigração com esta crise é falso", assim como "é falso que tenhamos tido mais emigração que noutros países": na Irlanda "foi mais grave, em Espanha o saldo migratório foi mais grave".

 

E o IVA? "Não houve nenhum aumento de taxas do IVA", sustentou Passos Coelho. "Houve apenas, e isso é conhecido, uma recomposição do cabaz de bens e serviços que estava fixado, de modo a garantir um resultado financeiro que foi quase todo alcançado com a reclassificação da electricidade", que passou de 6% para 23%.

 

Catarina Martins insistiu no tema. "Houve um corte no rendimento social de inserção, um corte no complemento solidário para idosos, um aumento do IVA da luz, um corte no subsídio de desemprego", acusou. "Os senhores da maioria prejudicaram e muito as pessoas com mais baixos rendimentos". "Aumentaram a pobreza em Portugal e hoje, uma em quatro pessoas é pobre, e mentir sobre isto é insulto profundo à dignidade humana", criticou Catarina Martins.

 

Na resposta, Passos Coelho admitiu que "a crise em Portugal existiu e afectou todos", mas negou os cortes: "não houve nenhum corte no RSI, nem nenhum corte no subsídio de desemprego, de facto não houve". "As alterações introduzidas visaram apenas garantir que recebiam os apoios aqueles que mais precisavam, não houve nenhuma alteração de condições", assegurou Passos.

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