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Passos desafia Governo a dizer onde cortou mil milhões de euros

O líder do PSD desafiou hoje o Governo a dizer onde foram feitos os mil milhões de euros de cativações e questionou porque não foi cumprido um reforço de comunicações móveis previsto pelo anterior executivo para o SIRESP.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, lamentou a morte do antigo Presidente da República, que classificou como 'um grande democrata' e 'um político polémico'. 'É um dia triste para todos os portugueses', referiu Passos Coelho, à margem de uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Para Passos Coelho, 'será impossível' escrever a História de Portugal das últimas dezenas de anos 'sem nelas encontrar referências múltiplas à intervenção política de Soares, em muitas ocasiões decisiva'. 'Como um grande democrata que foi, o doutor Mário Soares foi também um político polémico, que combateu pelas suas ideias, há de ter feito muitos amigos, terá tido também com certeza muitos adversários ao longo de todos estes anos', acrescentou.
Passos Coelho endereçou uma mensagem de 'sentido pesar' à família e uma mensagem 'de condolências' ao PS, partido de que Mário Soares foi fundador.
05 de Julho de 2017 às 20:55
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Na apresentação do candidato autárquico do PSD e CDS-PP à Câmara Municipal da Amadora, Pedro Passos Coelho referiu-se à audição parlamentar de hoje do ministro das Finanças, dizendo que Mário Centeno "quis explicar aos deputados, com soberba, como se consegue um défice de 2%" e que "as cativações não eram senão um instrumento útil".

 

"O que é que se cortou? Porque é que não dizem? O que é que estava planeado e não se fez?", questionou, precisando que a Conta Geral do Estado de 2016 permitiu perceber que "as cativações definitivas foram de quase mil milhões de euros".

 

"Querem-me convencer que se pode cortar mil milhões de euros sem tocar na saúde, educação, na defesa, na administração interna?", inquiriu, dizendo que lhe custa "ver altas figuras do Estado dizerem aldrabices".

 

O líder do PSD referiu-se em concreto ao SIRESP (Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança em Portugal), acusando o actual Governo do PS de "estar em falta" com um reforço das comunicações móveis, que constava de um relatório pedido ainda pelo executivo PSD/CDS-PP à empresa de auditoria KPMG.

 

"Ainda em 2015 fizeram-se os procedimentos concursais para adquirir o que estava em falta, para responder às deficiências detectadas por aquela auditoria (...), porque é que quase dois anos depois há coisas que já deviam estar feitas não estão?", questionou.

 

O líder do PSD referiu-se ainda a uma notícia divulgada hoje pela edição online da revista Sábado, segundo a qual o Ministério Público já tinha em marcha uma investigação a um possível furto de armas de instalações militares quando os paióis de Tancos foram assaltados há uma semana, num processo aberto no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

 

"Isto é verdade ou não? Se sim, isto foi reportado pelo Sistema de Informações ao Governo? Se sim, o que fez o ministro da Defesa?", questionou.

 

O líder social-democrata acusou o actual Governo de prosseguir as "políticas ilusionistas" de outros executivos socialistas, mas alertou que "toda a gente sabe que é um truque".

 

"Se vivermos permanentemente naquela ilusão desse espectáculo, um dia a realidade entra-nos pela porta dentro, cai-nos em cima da cabeça quando não olhamos para o futuro como deve ser e estamos sempre à procura dos efeitos de mais curto prazo", alertou.

 

Passos Coelho aludiu ainda ao diploma que será votado na sexta-feira sobre a regularização dos precários, criticando o Governo por ter resolvido o problema "da forma mais burocrática do mundo", ao incluir neste regime todos os que trabalhavam para o Estado há mais de três anos.

 

"Alguém se deu ao cuidado de ir saber como é que queremos que o Estado seja nos próximos cinco ou dez anos, qual o tipo de serviço que deve ser prestado, para saber se precisamos daquelas pessoas ou de outras pessoas?", indagou.

 

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