Notícia
Partidos retomam negociações após encontro entre Seguro e delegação do PS
Primeiro encontro desta quinta-feira teve início às 12h00 e já terminou, sendo que a delegação do PS está agora reunida com António José Seguro, que não está presente no debate da moção de censura para ouvir a sua delegação presente nas negociações tripatidas.
A primeira reunião desta quinta-feira entre PSD, PS e CDS com vista à obtenção de um “compromisso de salvação nacional” terminou pelas 15h00, estando agendada para as 16h30 uma nova reunião.
De acordo com a SIC Notícias, esta interrupção nas negociações serviu para a delegação do PS, liderada por Alberto Martins, encontrar-se com António José Seguro, na sede do partido, no Largo do Rato.
A realização deste encontro deverá justificar a ausência do líder do PS no debate da moção de censura, que teve início às 15h00 no Parlamento.
PS e PSD tem agendadas para esta noite reuniões das suas cúpulas dirigentes, sendo que o objectivo passará por levar a estes encontros um possível acordo, que estará a ser dificultado pela recusa do PS em aceitar os cortes de 4,7 mil milhões de euros na despesa.
A primeira reunião do dia, a quinta em cinco dias, decorreu na sede do CDS, surge depois de uma maratona que entrou madrugada dentro, após a qual os partidos admitiam alguma tensão, ao revelarem que as negociações estão a decorrer de forma “exigente”, mas sem "intransigências".
“As delegações reafirmam que as negociações, embora exigentes, estão a decorrer sem intransigência e com espírito de abertura”. Os três partidos desmentem assim notícias avançadas ao final da tarde de quarta-feira de que o PS teria acusado, através de fontes socialistas não identificadas, o PSD e o CDS de “intransigência absoluta” na questão dos cortes de 4,7 mil milhões de euros.
Enquanto ainda decorria em Lisboa a terceira reunião entre PSD, PS e CDS-PP e numa conversa informal com os jornalistas ao início da madrugada a bordo da fragata Vasco da Gama, que transporta a comitiva presidencial do Funchal para as Ilhas Selvagens, a crise política acabou por ser um dos temas abordados, embora com algumas reservas por parte do chefe de Estado, que disse que não queria especular.
O Presidente da República destaca os sinais "muito positivos" que saem das reuniões que estão a decorrer entre PSD, PS e CDS-PP com vista ao compromisso de "salvação nacional", apontando mesmo o "significado histórico" de alguns desses sinais.