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Partidos retomam negociações sobre “compromisso nacional” na sede do CDS
Cinco dias, cinco encontros. Depois de uma maratona que entrou madrugada dentro, os três maiores partidos voltam a reunir-se. Cavaco Silva diz ver “sinais positivos”.
Pela quinta vez em cinco dias consecutivos, as delegações do PSD, do CDS e do PS voltam a reunir-se ao meio-dia desta quinta-feira, voltando a fazê-lo pela segunda vez na sede centrista, no Largo do Caldas. O encontro surge depois de uma maratona que entrou madrugada dentro, após a qual os partidos admitiam alguma tensão, ao revelarem que as negociações estão a decorrer de forma “exigente”, mas sem "intransigências".
“As delegações reafirmam que as negociações, embora exigentes, estão a decorrer sem intransigência e com espírito de abertura”. Os três partidos desmentem assim notícias avançadas ao final da tarde de quarta-feira de que o PS teria acusado, através de fontes socialistas não identificadas, o PSD e o CDS de “intransigência absoluta” na questão dos cortes de 4,7 mil milhões de euros.
Enquanto ainda decorria em Lisboa a terceira reunião entre PSD, PS e CDS-PP e numa conversa informal com os jornalistas ao início da madrugada a bordo da fragata Vasco da Gama, que transporta a comitiva presidencial do Funchal para as Ilhas Selvagens, a crise política acabou por ser um dos temas abordados, embora com algumas reservas por parte do chefe de Estado, que disse que não queria especular.
O Presidente da República destaca os sinais "muito positivos" que saem das reuniões que estão a decorrer entre PSD, PS e CDS-PP com vista ao compromisso de "salvação nacional", apontando mesmo o "significado histórico" de alguns desses sinais.
O quinto encontro destinado a redacção de um “compromisso de salvação nacional” pedido a 10 de Julho pelo Presidente da República decorre num dia em que o Governo enfrenta no Parlamento uma moção de censura apresentada pelo partido “Os Verdes” que irá ser votada favoravelmente pelos socialistas.