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Partido de Sarkozy vence regionais em França e Hollande sofre derrota pesada

As sondagens apontavam para a vitória do partido de Marine Le Pen na primeira volta das eleições regionais em França, mas foi a aliança de centro-direita que ganhou. O partido do presidente francês ficou em terceiro.

Philippe Wojazer/Reuters
Negócios 22 de Março de 2015 às 20:14
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A aliança de centro direita ganhou a primeira volta das eleições regionais em França, que ficam marcadas pela derrota pesada para o partido de François Hollande e por um resultado abaixo das expectativas para a Frente Nacional de Marine Le Pen.

 

Os resultados oficiais dão conta de uma votação em redor de 30% para a aliança entre os centristas da União de Democratas e Independentes (UDI) e os conservadores da União por um Movimento Popular (UMP), dirigido pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy. A formação política de extrema-direita Frente Nacional (FN), liderada por Marine Le Pen, obteve uma votação de 26%.

 

Já o Partido Socialista obteve 21% dos votos, o que traduz uma clara derrota para o partido do presidente Hollande.

 

Apesar da segunda posição na primeira ronda das eleições regionais, os resultados estão a ser vistos como uma derrota da Frente Nacional, a quem as sondagens atribuíam a vitória, num contexto de forte abstenção (a rondar os 56%). A Frente Nacional ficou meio ponto percentual acima dos resultados nas eleições europeias, mas, como assinala a Reuters, o resultado deixa Marine Le Pen com menos possibilidades de discutir as presidenciais em 2017.  

 

O líder do UMP veio já congratular-se com a vitória nas eleições regionais parciais, considerando que o resultado "mostra o profundo desejo de uma mudança" por parte parte dos franceses.

 

Sarkozy já veio afastar qualquer possibilidade de realizar uma aliança com os candidatos da Frente Nacional na segunda volta das regionais, que vai decorrer no próximo domingo. "Para os que votaram na Frente Nacional, compreendemos a vossa frustração", disse o antigo presidente francês, destacando que o partido de extrema-direita "não vai resolver os problemas da França, apenas agravá-los".

 

Se no domingo conseguir solidificar os resultados da primeira volta, Sarkozy obterá um importante trunfo na corrida às presidenciais de 2017. No âmbito do seu regresso à política, o anterior presidente francês vai relançar o UMP em Maio.

 

Apesar dos resultados aquém das expectativas, Le Pen classificou de positivos os votos obtidos pela Frente Nacional, além de representarem uma "bofetada" para o primeiro-ministro Manuel Valls e para o presidente Hollande.

 

"Manuel Valls tem que ouvir a mensagem dos franceses e ter a decência de entregar o pedido de demissão ao presidente", disse a líder da Frente Nacional.

 

Por sua vez, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, preferiu destacar a derrota do partido ultranacionalista FN, mostrando-se agradado com o facto de a afluência às urnas também ter sido maior do que a prevista. Valls pediu ainda aos franceses para que no próximo domingo votem em que considerem ter a melhor hipótese de derrotar o candidato da frente Nacional. 

 

A votação designará 2.054 candidatos para mandatos de conselheiros dos 101 departamentos franceses, numas eleições que não incluem as circunscrições da região de Paris, a aglomeração metropolitana de Lyon e as ultraperiféricas Guyana y Martinica.

 

As competências destes conselheiros são limitadas a assuntos como a protecção da infância e a atribuição de determinadas ajudas sociais, a gestão de algumas estradas, de equipamentos escolares, de certas bibliotecas e arquivos e parte da administração turística, entre outras. 

 

(Notícia actualizada às 22h55 com resultados finais e mais informação)

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