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Obras públicas: PSD diz que PS “reconhece erros do passado”, PCP está preocupado

A ideia de aprovar o plano de investimentos em obras públicas apenas em 2020 e com uma maioria de dois terços é “louvável”, assinala o deputado Duarte Pacheco, do PSD. Já o PCP diz que os socialistas querem “aliar-se ao PSD” e que assim não vai haver investimento.

Correio da Manhã
21 de Maio de 2015 às 21:12
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O PSD concorda com a proposta de António Costa de só aprovar a construção de infraestruturas com um consenso entre os dois maiores partidos, PS e PSD. Duarte Pacheco diz ao Negócios que se trata de "pôr a mão na consciência e reconhecer erros do passado". "Assumir as culpas do passado já não é mau", acrescenta. Para o PCP, é "factor de preocupação" que o PS se queira "aliar" ao PSD, afirma o líder parlamentar João Oliveira.

 

"Não tem mal reconhecer que se esteve mal. O PS está no bom caminho, o objectivo parece louvável, até porque estes projectos de investimento condicionam não uma legislatura, mas o futuro do país, como bem sabemos", sustentou o deputado, coordenador do PSD na Comissão de Orçamento e Finanças. Vai ser preciso, depois, "perceber se deve ser outro modelo ou um exactamente igual ao que o PS propôs", sustentou.

 

O que é que pode ser diferente? "Temos de ver se deve ser no âmbito do Parlamento, se pode ser por outra via, se tem de ser um grupo específico para analisar as propostas", antecipa. "Vamos esperar pela campanha e pelas eleições", acrescenta, lembrando que o PSD fez "uma proposta semelhante no Governo anterior", para criar um grupo de trabalho que analisasse as obras públicas, que não "produziu nenhum resultado" porque o Governo não dava informação.

 

"O país precisa de investimento"

 

No PCP, o sentimento é de preocupação. "Significa que o PS está a querer entender-se, quer aliar-se com o PSD. De pouco adianta saber se o entendimento é de dois terços", porque "o factor de preocupação é o PS querer aliar-se à direita", assume João Oliveira, líder da bancada comunista. "Preocupa-nos que as opções de investimento não sejam clarificadas, porque julgamos que o país precisa de investimento público que o modernize para o futuro".

 

"Esta perspectiva de abandono do investimento público é preocupante, mas compreende-se porque o PS aceita o tratado orçamental e, no fundo, aceita continuar com as políticas da direita", critica.

 

O CDS opta por não comentar já as propostas socialistas. "Ainda é um projecto de programa eleitoral", adianta Nuno Magalhães, líder da bancada do CDS. "Gostaríamos de comentar quando fosse uma matéria fechada, quando o PS tiver um verdadeiro programa e não um projecto", afirmou ao Negócios.

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