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Merkel e Trump encontram-se a 14 de Março

Os dois líderes internacionais vão reunir-se em Washington depois de mais de um mês de declarações polémicas da administração Trump sobre a NATO e o papel da Alemanha no euro.

Fantasmas de Ialta / (Re)União Soviética - Angela Merkel ver-se-á dividida entre o estreitamento de relações com Donald Trump para fazer frente a Moscovo e um acordo com Vladimir Putin para chegar a um consenso relativamente às esferas de influência da Europa Oriental.
Reuters
03 de Março de 2017 às 15:30
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A chanceler alemã Angela Merkel vai encontrar-se pela primeira vez com o presidente norte-americano Donald Trump no próximo dia 14 de Março, na primeira deslocação da responsável germânica a Washington desde a eleição e depois de a sua política económica, de comércio e de migração ter sido criticada pelo novo presidente.

De acordo com a Reuters, a visita foi confirmada por um responsável da administração norte-americana, depois de a imprensa alemã ter noticiado o encontro. Espera-se que Merkel e Trump discutam a economia global, o comércio, o papel da NATO, a guerra ao daesh (auto-intitulado 'estado islâmico'), além das relações com a China e a Rússia.

A deslocação a Washington foi precedida da visita dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa e antecede uma reunião do G20 em Julho em Berlim.

Os dois líderes já tinham falado pelo telefone em Janeiro, onde ficou assente dos dois lados a importância dada à Aliança Atlântica na defesa do espaço europeu - depois de declarações de Trump que consideravam a NATO obsoleta e subfinanciada pelos parceiros do Velho Continente - e o compromisso de combate ao terrorismo.

Uma conversa tida dias antes de Donald Trump ter assinado a ordem executiva que proibia a entrada de viajantes oriundos de sete países de maioria muçulmana e suspendia a entrada de refugiados. Uma decisão que voltou a esfriar as relações entre os dois lados, tendo sido criticada pelo governo alemão.

No final de Janeiro, novo episódio: um conselheiro de Trump, o presidente do Conselho Nacional de Comércio, acusou a Alemanha de usar um euro "grosseiramente desvalorizado" para ampliar as vendas dos seus produtos no exterior.

A chanceler alemã veio depois a público recordar que os governos alemães não conduzem a política monetária nem fixam as taxas de câmbio, tarefas que são da responsabilida dos bancos centrais.
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