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Maria de Belém diz que Cavaco "está a adiar o inadiável"

A candidata presidencial Maria de Belém considerou hoje que "o Presidente da República está a adiar o inadiável", após Cavaco Silva ter pedido ao secretário-geral socialista, António Costa, para clarificar o entendimento parlamentar à esquerda.

João Miguel Rodrigues/Correio da Manhã
23 de Novembro de 2015 às 19:49
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"O Presidente da República está a adiar o inadiável. O país precisa urgentemente de um Governo e, seja qual for o nosso entendimento do interesse nacional, neste ponto estaremos todos de acordo. Existem as condições políticas e institucionais para nomear um novo primeiro-ministro, tanto assim é que o Presidente encarregou o líder do PS de iniciar contactos nesse sentido", afirmou, disse numa curta declaração na sua sede de campanha, em Lisboa.

O secretário-geral do PS, António Costa, respondeu por escrito hoje mesmo à clarificação requerida pelo Presidente da República, Cavaco Silva, sobre questões que considera omissas nos acordos de Governo subscritos pela esquerda parlamentar.

São seis as questões que o Presidente da República pede para serem esclarecidas, nomeadamente a aprovação dos Orçamentos do Estado, "em particular o Orçamento para 2016" e a aprovação de moções de confiança ao futuro executivo.

"O país precisa de estabilidade política e institucional porque só nesse quadro é possível cumprir todos os compromissos internacionais e assegurar a satisfação das necessidades de todos e cada um dos portugueses", sublinhou ainda Maria de Belém.

O encontro desta manhã entre o secretário-geral do PS e o Presidente da República durou meia hora e seguiu-se às 31 audiências realizadas por Cavaco Silva desde 12 de Novembro com confederações patronais, associações empresariais, centrais sindicais, banqueiros, economistas e partidos representados no parlamento eleito nas legislativas de 04 de Outubro.

As audiências no Palácio de Belém tiveram início a 12 de Novembro, dois dias depois da aprovação por toda a oposição de uma moção de rejeição ao programa do Governo de coligação PSD/CDS-PP, liderado por Pedro Passos Coelho, que implicou a demissão do executivo.

Nesse mesmo dia, 10 de Novembro, PS, PCP, BE e PEV assinaram acordos de incidência parlamentar para viabilizar um executivo liderado por António Costa.

A coligação PSD/CDS-PP venceu as eleições de 04 de Outubro, com 38,4%, à frente do PS (32,32%), BE (10,19%) e CDU (8,25%). O PAN conseguiu eleger um deputado com 1,39%.
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