O Presidente da República evitou esta segunda-feira, 24 de Abril, pronunciar-se concretamente sobre os resultados da primeira volta das presidenciais em França, mas sublinhou a necessidade de o espírito europeu sair fortalecido daquele acto eleitoral.

"Tudo o que noutro país nosso parceiro fortaleça a União Europeia, o espírito europeu, é óptimo. Tudo o que não fortaleça, não é bom", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações transmitidas pela SIC Notícias, feitas aos jornalistas em Lisboa à margem da apresentação de um livro sobre o Papa Francisco.

O Chefe de Estado, que não fez considerações sobre nenhum dos candidatos, referiu-se no entanto à "comunidade importantíssima" de portugueses que vivem no país, e que têm "sensibilidades muito diversas e votaram de formas diferentes."

Na primeira volta, de acordo com os dados finais, o candidato centrista Emmanuel Macron e a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, foram os mais votados, passando à segunda volta.

Le Pen, que advoga a saída da França da Zona Euro, comprometeu-se também a referendar a desvinculação do país da União Europeia. Já Macron defendeu no seu discurso deste domingo a refundação da Europa e à renovação da França. "Não há várias Franças, apenas uma: a França dos patriotas, numa Europa que protege e que teremos de refundar", defendeu.

Questionado sobre o que vai dizer no seu discurso de amanhã, 25 de Abril, o Presidente da República português assegurou que o texto está escrito "há algum tempo" e prometeu que o discurso deverá "ser correspondente ao significado nacional da data e não discursos com mensagens subjacente à conjuntura política," argumentando que foi isso que aconteceu também do 10 de Junho.