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Marcelo deixa a Costa caderno de encargos do povo português
O Presidente diz que os portugueses querem estabilidade política mas não só. Na sessão de cumprimentos de Boas Festas do Governo, Marcelo defendeu que é preciso fazer tudo pela paz na Autoeuropa.
O Presidente da República deixou esta quinta-feira uma espécie de lista de vontades do povo português. Estabilidade política, social, paz social na Autoeuropa e prioridade à estabilidade orçamental foi o caderno de encargos apresentado por Marcelo Rebelo de Sousa em nome do povo português.
O chefe de Estado falava durante a cerimónia de cumprimentos de Boas Festas do Governo ao Presidente da República. Depois de prometer "solidariedade institucional" nas relações entre o Presidente da República e o Governo, "nesta legislatura e na próxima", Marcelo afirmou que a "grande conquista deste ano é a forma como o povo português percebeu as linhas fundamentais do comportamento colectivo".
"O povo português deu sinais de gostava da solidariedade institucional" e de que "gosta da estabilidade política", disse Marcelo Rebelo de Sousa, explicando que se referia não só ao caminho da legislatura como também à necessidade de "oposições fortes".
Nas eleições autárquicas, o PS foi o grande vencedor, reforçando a sua posição no seio da maioria que apoia o Governo no Parlamento e, na oposição, Assunção Cristas afirmou a sua liderança.
Além disso, Marcelo defendeu que os portugueses perceberam a importância da estabilidade orçamental. "O povo português, na sua sensatez, quer mais [do que a estabilidade política] quer estabilidade financeira".
"E interiorizou o que não tinha interiorizado há cinco ou 10 anos", explicou, acrescentando que "o povo português interiorizou a prioridade da estabilidade orçamental e de como isso é importante para a criação de emprego e para o crescimento".
"Os portugueses percebem que há empresas que, pelo seu poder, pelo emprego que envolvem, pelo emprego de outras empresas que com eleas colaboram, pelo prestígio internacional, são empresas em que é importante que haja paz social. São empresa em que é importante que se faça tudo por essa paz social. Que não se corra o risco de aventuras que podem afectar o clima que os portugueses consideram que é bom para Portugal."
Esta não é a primeira vez que Marcelo se refere à Autoeuropa - já o tinha feito quando os trabalhadores estiveram em greve. Até porque, lembrou Marcelo, os portugueses olham à volta para outros países e vêem "o custo e risco dessas imponderabilidades".