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Como Marcelo explicou os Orçamentos anteriores

O Presidente está a avaliar o Orçamento para 2018 e a decidir se fará uma comunicação ou se publicará uma nota no site da Presidência. Se escolher esta última hipótese, será a primeira vez que o fará desta forma.

Rui Ochoa/Presidência da República
21 de Dezembro de 2017 às 16:42
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O Presidente da República já tem o Orçamento do Estado para 2018 na sua mesa e está a decidir sobre o mesmo. Por escolher está também a forma como explicará aos portugueses a sua decisão. "Vou olhar para o Orçamento, mas há sempre duas hipóteses de me dirigir aos portugueses: uma é através de uma mensagem, como fiz nos últimos Orçamentos do Estado, outra é através de uma mensagem escrita no site da Presidência da República. Eu escolherei qual das duas", disse esta quinta-feira aos jornalistas. O Negócios foi rever as comunicações de Marcelo dos anteriores Orçamentos.

 

O Orçamento de 2016: 10m24s a contribuir para a estabilidade

Era o primeiro Orçamento do Estado do Governo que nasceu no Parlamento. O documento chegou a Belém poucos dias depois de Marcelo tomar posse e já em Março, com o ano já a andar.

O Presidente, que tinha tomado posse a falar na necessidade de descrispar o ambiente político e de dar esperança aos portugueses, escolheu falar ao país para explicar a decisão de promulgar o OE. Numa declaração ao país, sentado, o chefe de Estado precisou de 10 minutos e 24 segundos.

Começou por dizer que o Orçamento nascia numa "situação complexa" e fez um resumo do que foram as difíceis negociações que obrigaram o Governo a conjugar as vontades da maioria que o suporta no Parlamento com as imposições da União Europeia. Não passou ao lado das polémicas que ficaram no debate nacional, mas defendeu que era preciso tempo para perceber se se confirmavam, dando assim o benefício da dúvida ao Executivo de Costa. 

"Este OE acaba por corresponder à convergência das duas vontades: a da maioria na Assembleia da República e das instituições da União Europeia". É um "Orçamento de compromisso", concluiu, antecipando que Portugal iria entrar numa nova fase. Na cabeça de Marcelo estava um único objectivo. Contribuir para a "estabilidade" política e social.

 

O Orçamento de 2017: 4m47s a aumentar a esperança dos portugueses

Marcelo volta ao modelo de dirigir uma mensagem ao país. Fala, já em pé, a partir do Palácio de Belém, mas precisa de menos de metade do tempo para explicar as razões que o levaram a promulgar o documento de "imediato".

Em 4 minutos e 47 segundos, o chefe de Estado justifica que a estimativa para o défice do ano em curso e a meta fixada para 2017 colocavam o défice dentro dos limites acordados com Bruxelas.

A estas duas razões juntaram-se outras duas. "A estabilidade financeira e política eram essenciais à consolidação do sistema financeiro" e, além disso, há "inúmeras" eleições pela Europa fora. No entanto, o chefe de Estado avisou que existiam quatro desafios "sérios": a "imprevisibilidade" no mundo e na Europa; a necessidade de "concluir a consolidação do sistema bancário"; a necessidade de "mais crescimento económico" e o "desafio do aumento das exportações". Marcelo concluiu que deu luz verde ao Orçamento para "aumentar a esperança" aos portugueses. 

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