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Jerónimo de Sousa: Governo corre o risco de “frustrar expectativas” dos portugueses

O Governo tarda em dar respostas a questões como as reformas das longas carreiras contributivas ou alterações à legislação laboral e corre o risco de desiludir os portugueses, avisa Jerónimo de Sousa em entrevista à Antena 1.

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08 de Junho de 2017 às 09:35
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"O pior que há em política é frustrar expectativas legitimas" e o Governo "corre o risco" de o fazer. O aviso é do secretário-geral do PCP, esta quinta-feira, 8 de Junho, em entrevista à Antena 1. Jerónimo de Sousa referia-se a questões relacionadas com a revisão da Lei Laboral, que continua em banho-maria, e com as reformas para as longas carreiras contributivas, em relação às quais o Governo se prepara para avançar com uma proposta aos parceiros, mas que não vai de encontro ao que o PCP defende.

 

Jerónimo diz que "parece haver compreensão" da parte de António Costa para as questões, mas que "o problema é a sua efectivação". E afirma estar confiante de que poderá haver um avanço, como aconteceu no orçamento do ano passado, com o aumento extraordinário das pensões que não estava previsto.

 

Em relação ao Orçamento do Estado para 2018, um aviso ao Governo: Que "não pense que está no papo". Primeiro o PCP quer um "exame comum das propostas", por isso "é prematuro e manifestamente exagerado dizer que isto está a andar sobre rodas, vamos ver."

 

Olhando para o futuro e num cenário de eleições em que o PS viesse a ter uma maioria absoluta sozinho, um caso que diz "académico" e em que não "acredita muito", Jerónimo garante: "não somos peninha no chapéu".

 

Quanto às autárquicas, que não restem dúvidas: PS e PCP são "adversários recíprocos". Aliás, o PS é mesmo o "adversário principal do PCP".

 

A entrevista será emitida esta quinta-feira, 8 de Junho, depois do noticiário das 10:00.


Costa não pode contar com o PCP se PS tiver maioria absoluta
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No caso "académico de o PS ter maioria absoluta, cenário em que não acredito muito", Jerónimo de Sousa avisa, em entrevista à Antena1, que "não somos peninha no chapéu!" e "não iríamos integrar nenhum governo do PS".
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