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Helena Sacadura Cabral: "O que o meu filho sofreu de Setembro até agora só eu e ele é que sabemos"

Helena Sacadura Cabral, comentadora televisiva e mãe de Paulo Portas, não tem dúvidas em dizer que este Governo "já deu o que tinha a dar". Esperou que Paulo Portas tivesse entrado em ruptura com o Governo em Setembro, com o caso TSU. Agora, com a demissão "irrevogável", Helena Sacadura Cabral diz: "saltou-lhe a tampa".

Negócios 05 de Agosto de 2013 às 08:58
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Helena Sacadura Cabral, economista, escritora, e comentadora televisiva, é também mãe de Paulo Portas. Numa entrevista dada esta segunda-feira, 5 de Agosto, ao "Diário Económico", garante que não fala de política com o filho, mas assume que "o que o meu filho sofreu de Setembro do ano passado até agora, só eu e ele é que sabemos".

 

Em Setembro foi anunciada a subida da TSU (taxa social única) para os trabalhadores, o que seria seguida por uma descida da componente paga pelo empregador. A medida não chegou a avançar. 

 

Mas Helena Sacadura Cabral assume que apoiou Paulo Portas no pedido de demissão, até porque estava de acordo. [O Governo] "já deu o que tinha a dar". E garante: "tinha uma esperança enorme que acontecesse com ele o que aconteceu com o pai [Nuno Portas]: ruptura [com a política]".

 

A leitura de Helena Sacadura Cabral da demissão de Paulo Portas é uma: "saltou-lhe a tampa". Para esta economista, Paulo portas não queria a continuação da política de austeridade associada a Vítor Gaspar de quem, aliás, considera lamentável a forma como saiu do Governo. "Abandonou o barco em vésperas de se fechar a sétima negociação". 

 

Paulo Portas fica agora, como vice-primeiro-ministro, com a pasta da coordenação económica, das negociações com a troika, da reforma do Estado. "É uma brutalidade de uma pasta. Se tem arcaboiço para isso? Tem, disso não tenho dúvida!Há uma coisa que eu garanto, o Paulo é um 'bulldozer' de trabalho. O Paulo está casado com a política". 

 

Quanto à demissão irrevogável, Helena Sacadura Cabral brinca: "eu tenho uma procuração para ele que é irrevogável e já estou com medo que essa procuração de plenos poderes, dele para mim e de mim para ele, já não corresponda à verdade". 

 

Assumindo nutrir simpatia pessoal por José Sócrates, Helena Sacadura Cabral diz haver um elo comum entre Sócrates e Paulo Portas: ambos têm má imprensa. 

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