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Guterres: "Não vou voltar à vida política activa nacional"

O antigo primeiro-ministro socialista António Guterres excluiu a possibilidade de regressar à vida política activa nacional, afirmando que vai descansar e reflectir sobre como aproveitar a sua experiência "para fazer alguma coisa de útil".

Reuters
05 de Janeiro de 2016 às 12:34
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"Não vou voltar à vida política activa nacional", afirmou António Guterres, que no final de Dezembro terminou o mandato como alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados.

 

Guterres falava em Lisboa, à margem da sessão de abertura do Seminário Diplomático, durante a qual reflectiu sobre o "Deslocamento forçado como sintoma da situação internacional", naquela que foi a sua primeira intervenção pública após o regresso "à vida normal", como mencionou.

 

Questionado pelos jornalistas sobre o seu futuro, o antigo primeiro-ministro socialista disse que pretende "descansar algum tempo" e que vai aproveitar para "reflectir".

 

"Vou, naturalmente, calmamente, reflectir sobre a melhor maneira de aproveitar as experiências que tenho e as capacidades que tenho para fazer alguma coisa de útil", disse.

 

Guterres não respondeu à pergunta se pondera uma candidatura a secretário-geral da Organização das Nações Unidas.

 

O ex-primeiro-ministro português deixou a 31 de Dezembro de 2015 o cargo de Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR, substituído pelo diplomata italiano Filippo Grandi. Guterres fora eleito para o ACNUR em Junho de 2005 e reeleito cinco anos depois para um segundo mandato, que terminou em 2015.

 

Instado, na ocasião, a comentar se António Guterres faz falta a Portugal, o ministro dos Negócios

Vou, naturalmente, calmamente, reflectir sobre a melhor maneira de aproveitar as experiências que tenho e as capacidades que tenho para fazer alguma coisa de útil
António Guterres

Estrangeiros, Augusto Santos Silva, considerou que o antigo alto comissário da ONU "não faz falta a Portugal porque ele está em Portugal e, certamente, contribuirá activamente para a causa pública portuguesa".

 

"A minha expectativa é que contribua mesmo ao mais alto nível", disse o chefe da diplomacia portuguesa, mas sem especificar em que funções.

 

Santos Silva referiu apenas esperar que "a contribuição do engenheiro António Guterres para Portugal possa ser, ao mesmo tempo, uma contribuição para as grandes causas em que Portugal está envolvido", mas a decisão se é "lá fora ou cá dentro", cabe ao próprio.

 

 

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