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Francisco Assis mantém-se ao lado de Seguro

O cabeça de lista do PS às eleições europeias, que acabaram por espoletar um vendaval no interior do partido, mostra-se disponível para “uma reflexão de fundo” mas garante que, no caso de estar em causa a liderança de Seguro, irá apoiar o actual secretário-geral.

27 de Maio de 2014 às 19:12
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O vencedor das eleições europeias que se realizaram no passado domingo, Francisco Assis, reagiu negativamente à disponibilidade demonstrada esta terça-feira por António Costa de ocupar a liderança do partido.

 

Apesar de reconhecer que "há uma reflexão de fundo" que importa fazer, disponibilizando-se para na Comissão Nacional, que se realiza no próximo sábado, contribuir nesse sentido, Assis garante que irá apoiar uma "recandidatura [de Seguro] se essa questão se colocar". O político de Amarante surge como apoiante incondicional de António José Seguro com quem disputou, em 2011, a liderança do partido que até aí pertencera a José Sócrates.

 

O agora eleito eurodeputado socialista lembra que "o PS teve uma vitória clara", resultado esse que mostra "uma reconciliação progressiva do povo português" com o partido liderado por António José Seguro.

 

Para Francisco Assis, a liderança do partido não se coloca, uma vez que sob a batuta de Seguro o PS venceu as duas últimas eleições disputadas. Assis alerta ainda para o que considera ser um erro: "Devemos ter cuidado ao transformar vitórias em derrotas eleitorais".

 

Também por isso repete que a liderança do PS "é um tema que não deve ser colocado na agenda política", mostrando-se ainda esperançoso de que uma a provável conversa de amanhã entre Seguro e Costa resulte "num entendimento".

 

Assis explica margem reduzida da vitória nas europeias com desconfiança estrutural

 

A vitória do PS por menos de 4% em relação à coligação de PSD e CDS não está, na opinião vencedor desse acto eleitoral, relacionado com a liderança de Seguro mas, antes, com "o grau de desconfiança dos portugueses nos partidos [que] é estrutural".

 

Assis notou ainda que existe uma tendência maior para a fragmentação em eleições europeias. "Tivemos mais 4% que os partidos da maioria" e por esse motivo defende que "seria melhor que estivéssemos a discutir a derrota expressiva da direita".

 

Assis mostra-se ao lado de Seguro e, enaltecendo o trabalho do actual líder socialista, mostrou a sua convicção de que "se estas eleições fossem legislativas estou convencido que o PS teria uma votação significativamente superior".

 

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