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Francisco Assis fora das listas do PS às europeias

Está confirmado: o eurodeputado e ex-cabeça-de-lista socialista nas eleições para o Parlamento Europeu não vai integrar as listas do PS para as europeias do próximo mês de maio.

Francisco Assis Congresso PS
15 de Fevereiro de 2019 às 12:07
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Francisco Assis não vai mesmo integrar as listas que o PS vai apresentar nas próximas eleições europeias do próximo dia 26 de maio, confirmou o próprio ao Negócios.

Fica assim desfeito um tabu que se prolongou nos últimos meses, em especial depois de o cabeça-de-lista nas europeias de 2014, um ato eleitoral que venceu por uma margem que António Costa considerou curta ("poucochinho"), ter mostrado abertura para prosseguir no Parlamento Europeu, embora fazendo depender essa continuidade da chegada de um convite por parte da atual direção socialista. Convite que não chegou.

Em janeiro, a TSF avançou que Francisco Assis não integrava os planos de António Costa para as europeias, contudo o eurodeputado garantiu não haver nenhuma decisão tomada sobre a matéria. Ao Observador, Assis disse não ter falado nem com o líder socialista nem com ninguém da direção do partido. Como tal, garantia que não estava ainda "nem dentro nem fora" das listas socialistas e acrescentava que até gostaria de continuar no Parlamento Europeu "ainda para mais numa fase decisiva como esta".

Dias antes da notícia da TSF, Assis tinha dito em entrevista ao Expresso: "desde que me queiram, estarei sempre na primeira linha para defender o PS". Por agora, Assis não quer prestar comentários sobre a sua não inclusão nas listas. Contudo já confirmou que irá fazer a intervenção de abertura da Convenção Europeia do PS, que decorre este sábado em Gaia, e onde o ministro do Planeamento Pedro Marques deverá ser confirmado como cabeça de lista às eleições europeias.

Depois de ter sido candidato à liderança do PS nas eleições que elegeram António José Seguro como secretário-geral, Assis foi escolhido pelo próprio Seguro como cabeça-de-lista nas últimas europeias. Mais tarde, Assis apoiou Seguro na disputa interna contra António Costa e, já depois da eleição em primárias do atual líder socialista, o eurodeputado afirmou-se como o principal crítico interno à solução governativa comummente chamada geringonça. Na reunião magna de 2014 que consagrou Costa como secretário-geral, Assis abandonou o Congresso sob forma de protesto pelo facto de a sua intervenção ter sido atirada para perto do final.

Já no Congresso do PS realizado em maio do ano passado, Francisco Assis ensaiou uma aproximação a António Costa e, apesar de manter críticas à geringonça, reconheceu que a "capacidade de liderança" do primeiro-ministro permitiu que as suas reticências relativamente a esta maioria parlamentar tenham acabado por não se verificar. 

Ainda no conclave socialista da Batalha, o também antigo líder parlamentar do PS afirmou que uma eventual recandidatura ao Parlamento Europeu dependeria de dois fatores: da sua própria disponibilidade e da decisão da direção chefiada por Costa. Em declarações ao Expresso acrescentou que iria respeitar qualquer que fosse a decisão do líder socialista. 

(Notícia atualizada às 12:45)
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