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Assis admite que ser cabeça de lista do PS às europeias seria "absurdo"

O ainda eurodeputado assume que poderia ter aceitado voltar a integrar as listas do PS às europeias, contudo considera que depois de tantas divergências face à direção de António Costa seria "absurdo" candidatar-se como cabeça de lista.

Paulo Cunha/Lusa
18 de Fevereiro de 2019 às 12:36
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Três dias depois de ter confirmado que não integraria as listas do PS às europeias de maio e dois dias após ter discursado na convenção europeia socialista que decorreu em Gaia, Francisco Assis assume, em entrevista à TSF, que seria "absurdo" liderar a candidatura do partido ao Parlamento Europeu.

O eudeputado assume que se tivesse existido um convite nesse sentido por parte da direção liderada por António Costa, teria aceitado voltar a fazer parte das listas do PS para as eleições de 26 de maio, contudo admite que "de toda a divergência, seria absurdo representar o PS" como cabeça de lista.

Francisco Assis mantém que uma eventual decisão de fazer parte das listas dependeria "da natureza do convite" que lhe fosse feito, porém reconhece nem ter chegado a pensar sobre o assunto uma vez que "há muito tempo" se foi apercebendo de que dificilmente seria convidado para o efeito.

Nas declarações à TSF, Assis mantém a garantia dada no passado sábado em Gaia, quando assegurou que mesmo não participando na corrida ao Parlamento Europeu estava disponível para apoiar o PS nas campanhas que se avizinham – europeias, legislativas e regionais na Madeira -, porque não estar na lista para a eleição de maio "não exclui o dever de contribuir para a vitória do PS".

Em 2014, Assis liderou e venceu as eleições europeias com 31%, ficando cerca de três pontos percentuais à frente da candidatura conjunta de PSD e CDS liderada por Paulo Rangel. Na altura, o então presidente da câmara de Lisboa, António Costa, considerou que foi uma vitória por "poucochinho", argumento que serviu de mote para desafiar a liderança do à época secretário-geral socialista António José Seguro.

Contudo e independentemente do resultado que o PS venha a obter dentro de três meses, Assis afiança que não fará este tipo de comentários ao resultado eleitoral que venha a ser conseguido pela lista liderada por Pedro Marques, pese embora considera que nesta fase os socialistas beneficiam de "condições mais favoráveis".

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