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Costa confirma: Pedro Marques sai do Governo para liderar PS nas europeias
O anúncio do líder do PS foi feito na Convenção Europeia do PS e confirma a saída de Pedro Marques do Governo.
O primeiro-ministro, António Costa, confirmou esta tarde oficialmente que o atual ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, será o cabeça de lista do Partido Socialista (PS) às Europeias.
"Com o mandato que me foi conferido pela Comissão Política Nacional do PS, escolhi o nosso camarada Pedro Marques para encabeçar a lista do nosso partido às eleições europeias", declarou o líder socialista.
"Escolhi alguém que está em excelentes condições para exercer estas funções", disse António Costa na Convenção Europeia do PS, lembrando o passado de Pedro Marques como secretário de estado da Segurança Social e mais recentemente com a pasta das Infraestruturas, que permitiram ao governante conhecer todo o país.
O primeiro-ministro considerou que Pedro Marques representa a nova geração do PS e tem um "conhecimento profundo das instituições europeias" e "provas dadas na ação governativa", destacando a gestão dos fundos comunitários.
O primeiro-ministro não fez referência à saída de Pedro Marques do Governo, mas já tinha revelado esta tarde, no início da convenção, que haverá uma remodelação governamental para responder à composição das listas do PS. O anúncio das saídas e entradas no Executivo será feito pelo Presidente da República "no momento oportuno", disse Costa.
O atual secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, poderá assumir o cargo de ministro, com responsabilidades na área da habitação. Nelson de Souza também deverá subir a ministro, ficando com a pasta dos fundos europeus no ministério do Planeamento. Atualmente é secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão. Resta saber quem ficará com o lugar de Maria Manuel Leitão Marques.
"Renovação geracional"
Na sua intervenção, o líder socialista considerou que Pedro Marques é "um excelente quadro da geração abaixo da sua", o que garante renovação, assim como alguém "com provas dadas na ação governativa".
"Escolhi alguém que está em boas condições de dar continuidade à boa tradição dos cabeças de lista europeus do PS, porque é alguém que conhece profundamente o país e que, durante anos, na qualidade de secretário de Estado da Segurança Social, conheceu como ninguém não só as realidades sociais, como também as instituições do terceiro setor", apontou António Costa.
De acordo com António Costa, já como ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques "conheceu com profundidade o território nacional - não há autarca com quem não tenha falado".
"Se precisamos de alguém para nos representar em Bruxelas, tem de ser alguém que conheça bem o país dos pontos de vista social e do território, não tendo dúvidas sobre as necessidades dos portugueses", alegou também o secretário-geral do PS.
António Costa defendeu ainda que Pedro Marques, no seu Governo, demonstrou "visão de futuro", estando na primeira linha da elaboração do Programa Nacional de Reformas e do Programa Nacional da Infraestruturas, na reprogramação do Portugal 2020 e na definição estratégica dos fundos comunitários do Portugal 2030.
Ou seja, o novo cabeça de lista do PS "é alguém com conhecimento profundo das instituições europeias, tendo trabalhado com elas nos domínios do Fundo Social Europeu, do FEDER ou dos fundos de coesão".
Mas o líder socialista avançou ainda com um argumento de ordem partidária, frisando que do último congresso do seu partido, em 2018, saiu a determinação de haver "uma renovação geracional".
"É altura do PS apostar nos excelentes quadros que tem na geração abaixo da minha, assegurando a renovação", argumentou.
António Costa deixou também um elogio ao cabeça de lista do PS nas últimas eleições europeias, Francisco Assis, dizendo esperar que continue empenhado ao serviço do seu partido e mostrando-se seguro que "ainda exercerá muitas funções nesta força política.
"Mas, para não quebrar a tradição, não renovámos o cabeça de lista. É sempre muito difícil escolher um cabeça de lista no PS, porque são tantos os bons e as boas candidatas. Mas se é difícil escolher, só há uma solução: Escolher", disse.