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Costa confirma Leitão Marques como candidata ao Parlamento Europeu
Depois da tomada de posse dos novos membros do Governo, o primeiro-ministro desfez o segredo mal escondido de que a ex-ministra Maria Manuel Leitão Marques será candidata do PS às próximas eleições europeias. António Costa reconhece que, apesar da remodelação, o Governo é o mesmo porque tem como missão executar o mesmo programa.
À saída do Palácio de Belém depois da rápida cerimónia de tomada de posse dos novos governantes, o secretário-geral socialista defendeu que a eleição como eurodeputado por não pode ser encarada como uma manobra de "diletância" política, pelo que justificou a aposta nos ex-ministros Pedro Marques (confirmado no sábado como cabeça de lista nas europeias) e Leitão Marques com a necessidade de apresentar a candidatura de pessoas com "provas dadas" e que mostraram "conhecer bem o país".
Quanto às críticas vindas da direita sobre os sinais de continuidade dados tanto com as escolhas para as europeias como pela preferência dada a membros do Governo para ocuparem os ministérios deixados vagos, como é o caso dos agora ex-secretários de Estado Pedro Nuno Santos, Mariana Vieira da Silva ou Nelson de Souza, Costa explicou que era "indispensável que a sua substituição implicasse a menor descontinuidade possível", logo a melhor opção passava por recrutar dentro do Executivo.
Sobre a nova composição do Governo, que conta com Pedro Nuno Santos como ministro das Infraestruturas e da Habitação, Mariana Vieira da Silva como ministra da Presidência e Modernização Administrativa, Nelson de Souza no Ministério do Planeamento ou ainda o ex-vice-presidente da câmara de Lisboa, Duarte Cordeiro, na secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares, Costa afirmou: "Obviamente que [o Governo] é de continuidade", até porque tem como objetivo executar "o mesmo programa de Governo". "O Governo está onde está desde o início, ao serviço de Portugal e dos portugueses." Costa diz que o PSD foi "arrastado" pelo CDS a votar a favor moção de censura centrista
O líder socialista fez ainda uma crítica que acaba por se dirigir aos principais partidos com assento parlamentar, nomeadamente PSD, CDS, Bloco de Esquerda e CDU, isto porque todos repetem os cabeças de lista apresentados nas europeias de 2014. "O PS conta com novas caras, o que permite não repetir as mesmas caras eleição após eleição", disse.
Sobre o voto favorável do PSD à moção de censura anunciada na sexta-feira pelo CDS, e que é votada no Parlamento já esta quarta-feira, António Costa começou por dizer que não iria fazer "comentário político" para, logo de seguida, considerar como "natural" dada a "dinâmica das coisas" que os socias-democratas sejam "arrastados pelo CDS para esta posição".
(Notícia atualizada pela última vez às 16:05)