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"Espero que o que se está a viver na Grécia não impeça" discussão sobre investimento europeu

As empresas devem ser tratadas da mesma maneira, "seja em Itália, França, Alemanha ou Portugal", diz Passos Coelho. Portugal está a fazer o seu trabalho, defende o primeiro-ministro, mas a Europa ainda tem caminho a percorrer.

Correio da Manhã
30 de Junho de 2015 às 11:05
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O primeiro-ministro português defende que o Governo que lidera está a fazer o seu trabalho na redução dos custos de financiamento das empresas portuguesas. Mas a Europa ainda precisa de fazer mais, defende Pedro Passos Coelho.


"Espero que o que se está a viver na Grécia não impeça essa discussão na Europa e que até acelere algumas das decisões que precisamos de tomar neste domínio", declarou o líder do Executivo em declarações, proferidas em Viseu, transmitidas pela RTP Informação.

 

Na óptica de Passos Coelho, os mercados financeiros já estão a dar condições para que as empresas portugueses se financiem "a custos incomparavelmente mais baixos" do que antes da sua chegada ao poder. Aliás, o primeiro-ministro defende que as empresas estão já a investir e não estão à espera de fundos europeus.

 

Mas ainda há diferenças face ao financiamento obtido por empresas de diferentes nacionalidades, segundo repetiu, por várias vezes, o responsável pelo Governo português.

 

"O último Conselho Europeu deveria ter iniciado essa discussão. Já percebemos que devemos adoptar decisões importantes até ao final do ano, que mostrem vontade da Zona Euro em fortalecer o euro, de trazer uma união bancária que coloque todas as empresas em melhor condição de competição, de modo a não prejudicá-las por serem francesas ou portugueses. Desde que sejam boas, desde que tenham boas ideias, devem ser tratadas da mesma maneira, seja em Itália, França, Alemanha ou Portugal", continuou o primeiro-ministro, em Viseu.

 

No Conselho Europeu de 25 e 26 de Junho, foram debatidos os fundos europeus para os investimentos estratégicos, que passam pelo uso de financiamento público para mobilizar investimento privado, com o intuito de gerar 315 mil milhões de euros em novos investimentos nos próximos três anos. Contudo, o tema Grécia - com as negociações entre instituições europeias e Atenas - centrou as atenções no final da semana passada. 

 

Relativamente à Grécia, Passos Coelho adiantou que "é possível que venham aí tempos de maior perturbação financeira nos mercados". "Não somos apanhados desprevenidos, fizemos o nosso trabalho de casa, temos reservas suficientes", acrescentou, referindo-se à almofada que o IGCP, agência que gere a dívida pública, que permite manter Portugal sem necessidade de pedir dinheiro emprestado por um ano.

 

Nas suas declarações, Passos Coelho repetiu a ideia de que o défice orçamental vai representar menos de 3% do produto interno bruto (2,7%, mais propriamente) no final do ano. 

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