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Deputado do PS critica comunicado de Marcelo sobre Centeno

O deputado socialista Porfírio Silva considerou hoje que um bom Presidente da República precisa de "respeitar os poderes próprios" e os dos outros órgãos de soberania, alertando que "o mundo não vive nem se esgota em boas intenções".

14 de Fevereiro de 2017 às 17:59
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"Não basta querer ser 'presidente de todos os portugueses' para ser um bom PR [Presidente da República]. É preciso saber e respeitar os poderes próprios e os poderes dos demais órgãos de soberania", escreve o deputado e membro do Secretariado Nacional do PS na rede social Facebook.

 

Num comentário publicado esta tarde, Porfírio Silva não faz qualquer referência à nota que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, divulgou na segunda-feira à noite sobre o ministro das Finanças, Mário Centeno, mas aconselha a que não exista a "tentação de compensar o excessivo activismo com a técnica de 'uma no cravo, outra na ferradura'".

 

"E também é preciso evitar o método que se costuma chamar 'atirar a pedra e esconder a mão'. Até porque o mundo não vive nem se esgota em boas intenções, com ou sem aspas", refere o deputado socialista.

 

Porfírio Silva defende ainda que "mesmo um Presidente tendo tudo para ser um bom Presidente pode falhar se não atender a estas minudências".

 

"Tudo isto, bem entendido, em teoria geral. Ou salvo erro de percepção da minha parte", conclui o deputado do PS.

 

Na nota divulgada segunda-feira à noite no 'site' da Presidência da República, o chefe de Estado confirmou que tinha recebido, a pedido do primeiro-ministro, o ministro das Finanças, antes da conferência de imprensa que Mário Centeno deu ao final da tarde a propósito da polémica à volta da Caixa Geral de Depósitos.

 

No último ponto da nota, em que são relatados alguns factos desse encontro, lê-se que, "ouvido o senhor primeiro-ministro, que lhe comunicou manter a sua confiança no senhor professor Doutor Mário Centeno", o Presidente da República "aceitou tal posição, atendendo ao estrito interesse nacional, em termos de estabilidade financeira".

 

Também na segunda-feira, o primeiro-ministro confirmou a confiança em Mário Centeno no exercício das suas funções governativas, após um contacto com o Presidente da República.

 

"Tendo lido a comunicação do senhor ministro das Finanças e após contacto com Sua Excelência, o Presidente da República, entendo confirmar a minha confiança no professor Mário Centeno no exercício das suas funções governativas", referiu o primeiro-ministro, num comunicado enviado à comunicação social, pouco depois de terminar a conferência de imprensa do ministro das Finanças.

 

No comunicado, António Costa sublinhava que, "esclarecida a lisura da actuação do Governo, nada justifica pôr em causa a estabilidade governativa e a continuidade da sua política, para o que o contributo do professor Mário Centeno continua a ser de grande valia".

 

Na conferência de imprensa, o ministro das Finanças tinha afirmado que o seu lugar "está à disposição" desde que assumiu funções e reiterou que o acordo com António Domingues para a liderança da CGD não envolvia a eliminação da entrega das declarações de rendimentos. 

 

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