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CDS diz que Centeno está fragilizado e acusa Governo de "erros de percepção inventados"

O porta-voz do CDS acusou o Governo de "erros de percepção inventados" para criar uma "realidade alternativa" em torno das declarações de rendimentos da anterior administração da Caixa.

Bruno Simão/Negócios
14 de Fevereiro de 2017 às 13:24
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"É evidente que o senhor ministro das Finanças tem a sua posição fragilizada", afirmou João Almeida, sublinhando que, em relação à eventual demissão de Mário Centeno, "os sucessivos votos de confiança do senhor primeiro-ministro são muito mais eloquentes do que qualquer declaração que o CDS pudesse vir fazer".

 

Relativamente ao interesse nacional invocado pelo Presidente da República para a manutenção em funções de Mário Centeno, João Almeida declarou: "Quando a restrição daquilo que é a confiança num ministro se limita já ao interesse nacional, é porque tudo o que poderia estar já abaixo do interesse nacional já não é invocável a favor do ministro das Finanças".

 

O CDS-PP imputou ao Governo "erros de percepção fabricados, erros de percepção inventados, erros de percepção acrescentados, única e exclusivamente para criar uma realidade alternativa", pela necessidade que teve de corrigir as posições iniciais sobre a apresentação de declaração de rendimentos pela administração da Caixa Geral de Depósitos.

 

"Aquilo que quinta-feira era para o Governo um assassinato vil de carácter justificou uma ida do ministro das Finanças ao primeiro-ministro, uma ida do ministro das Finanças ao Presidente da República, uma conferência de imprensa de explicações ao país e, eis se não quando, o assassinato vil de carácter desapareceu e o que apareceu foi a penosa explicação do senhor ministro das Finanças", sustentou.

 

O deputado do CDS na comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, sublinhou sempre que toda a polémica sobre as declarações de rendimentos da anterior administração liderada por António Domingues é da responsabilidade do Governo.

 

"Não foi a oposição nem o CDS que disse ao parlamento que inexistiam documentos que afinal existem, e que o próprio Ministério e ministro das Finanças não só reconhecem a sua existência como os comentam abundantemente", declarou, referindo-se à troca de comunicações sobre os deveres da administração do banco público cumprir com a apresentação de rendimentos.

 

 

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