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Costa diz que não basta cortar despesa ou aumentar impostos para reduzir défice
O primeiro-ministro afirmou que a economia tem crescido com a ajuda dos empresários, já que nem autarquias nem Estado estão em condições de fazer grandes investimentos públicos.
O secretário-geral do PS e primeiro-ministro António Costa disse esta sexta-feira, 26 de Maio, durante a apresentação da candidatura de Raul Castro à Câmara de Leiria, que a economia portuguesa tem crescido com a ajuda do investimento dos empresários.
"Hoje, a nossa economia está a crescer, não à custa de grandes investimentos públicos, porque infelizmente, nem o Estado, nem as autarquias estão ainda em condições de poder realizar grandes investimento públicos. Mas a economia tem crescido, sobretudo, graças ao investimento das empresas", afirmou António Costa.
O líder socialista precisou que o investimento privado tem-lhes permitido "aumentar a produção, aumentar as exportações e, sobretudo, aumentar algo que é essencial para vivermos melhor na nossa sociedade que é mais e melhor emprego".
Segundo António Costa, o país não teria bons resultados económicos "se as finanças públicas não estivessem controladas".
"Também não estaríamos a reduzir o défice como estamos, se a economia não estivesse a crescer como está, se os empresários não estivessem a investir como estão, e o emprego não estivesse a ser criado como está", declarou.
O secretário-geral acrescentou que é o "ciclo de confiança" que está a permitir ter resultados.
"Claro que não podíamos ter reduzido o défice sem que estes resultados existissem na economia. Outros já tentaram e não foi por acaso que falharam. Não basta cortar na despesa nem aumentar os impostos para que o défice reduza", acrescentou António Costa.
O governante considerou que "a forma sustentável de termos boas finanças públicas" é "ter uma economia forte", o que significa ter "uma economia onde os consumidores, os empresários e o conjunto dos agentes económicos têm confiança para consumir, para investir e para pouparem".
António Costa lembrou que, em 2015, "em todos os inquéritos aos empresários quando se perguntava a razão pela qual não investiam, a resposta que a esmagadora maioria dava é que não sentiam confiança por parte dos consumidores no futuro da economia".
"As pessoas sabem hoje que com passos seguros temos feito aquilo que nos comprometemos a fazer: repor os salários e as pensões que tinham sido cortados e reduzir a carga fiscal sobre os rendimentos das famílias e isso permitiu ganhar algo que é absolutamente fundamental: confiança", acrescentou o primeiro-ministro.
Para António Costa, "Leiria não é uma região qualquer para o país", já que "é um dos principais motores económicos do país".
O secretário-geral adiantou que ter a região "a crescer em pleno, a apostar e a mobilizar a energia empreendedora que existe aqui como raras vezes encontramos em outras zonas do país, é absolutamente essencial para que a nossa economia possa continuar a crescer com sucesso".
Depois do candidato e presidente da Câmara de Leiria Raul Castro e do seu mandatário, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Leiria, Helder Roque, terem referido que não iriam "pedir nada" ao primeiro-ministro, António Costa afirmou que tem a pedir, "porque o país precisa de Leiria, desta energia criadora, desta iniciativa geradora de riqueza e de emprego de Leiria".
O secretário-geral sublinhou que é esta "energia", que "permite exportar a partir de Leiria".
"Se queremos continuar a crescer temos de ter Leiria a crescer e para isso precisamos de autarcas de excelência à frente de Leiria e de toda esta região, como é o Raul Castro", rematou.